ELE FALOU. O MUNDO PAROU PARA OUVIR

Proibido de dar entrevistas desde a sua conturbada e questionada prisão. Constitucionalmente ferida pelo não transitado em julgado na sentença condenatória, finalmente Lula pode falar. Desde o ano passado diversos meios de comunicação solicitavam a entrevista, mas, devido ser ano eleitoral e que, caso ele falasse, poderia influenciar em alguns votos. Em muitos votos. Na eleição, inclusive. Ontem, dia 26 de abril de 2019, ele finalmente conseguiu ser entrevistado por dois jornalistas. Folha e El país, foram os agraciados a partir da Mônica Bergamo e de Florestan Filho. Quais, por duas horas, sendo interrompido pelo entrevistado, como de praxe, tiveram a exclusividade de poder questionar o maior líder político vivo no mundo. (caso alguém ache outro, que apresente e comprove) Não foi somente uma entrevista. Não cabe o artigo indefinido quando se trata dele. Foi a entrevista. Determinada. Destemida. Corajosa. E com a lâmina do facão afiada e mel da ponta da lança: Lula falou. Bradou. Desafiou. E, antes de qualquer outras questões, demonstrou sensibilidade pelo povo e apontou caminhos de por onde o Brasil deve crescer e superar a crise. E, para além de demonstrar por onde, também disse: “eu já fiz e posso comprovar”. De fato, Lula já fez.
Não aparentou no semblante nenhum sinal de uma pessoa abatida. Muito pelo contrário. Apresentou para o mundo a fotografia de alguém que está antenado com o mundo, que está cuidando do corpo, da mente e do espírito. Daí, cabe até se perguntar: - “de que é feito este homem”? repórteres à frente, policiais ao lado, assistentes diversos e uma pilha de papel. Coisa de Estadista. De bom Estadista. Se me permitem a qualificação.
Devem sofrer muito quem toma raiva de gente assim. Porque prendeu-se sem prova, tirou do processo eleitoral, uma eleição que ele ganharia com muita probabilidade; foi-lhe tirado a mulher, o irmão, amigo e o neto... sobre este ele não aguentou e pediu (renegado a fé católica, que ele reivindica ser, a morte no lugar do filho. Mas, quem num momento de dor tamanha segue os parâmetros de qualquer religião ou crenças?  Apesar de tudo isso, a Jararaca parece estar viva ainda. E ainda brinca: “cientistas dizem que o home que vai viver 120 anos já nasceu. Quem sabe este homem seja eu.
Trocadilhando as palavras como quem trocadilhou os 13 dias num pau de arara por um partido político; trocadilhou a fome por aproximações de palavras que representavam a comida com o fome zero (aliás, o Fome Zero era bem melhor do que o Bolsa Família na opinião deste jovem preto roceiro aqui). O trocadilho do momento é a sala que Lula se hospeda. Não se trata de uma cela. Mas, sim de uma sala. É na sala que ele ver filmes, escuta podcasts, (aliás, já ouviu a história dos presidentes da semana, inclusive ele) ver filmes, ler livros e apresenta a cada dia mais um senhor cheio de energia e informações para o mundo. Esta sala hospeda parte importantíssima da história do Brasil. O melhor presidente e o maior líder. O líder a quem a fome não matou, a dor fortaleceu e a maldade incitou amor.
Cômico e brincalhão ele disse: “fora ter chamado os outros de ‘Babaca’ o Cid Gomes não mentiu quando disse que eu estava preso. É mentira?”  Sobre o governo ele aponta que está perdido e que a loucura dirige o país. Que há uma procura incansável por adversários. Quando não se acha comunistas embaixo da cama ou dentro da guarda-roupa e chamar petistas de comunistas se volta contra si próprio e agora a prioridade do governo familiar é de brigar com o vice-presidente. Ah! Disse o Lula ainda: “O Brasil jamais verá uma dupla tão harmônica como eu e Zé Alencar”. O capital e o trabalho juntos definindo os destinos do país. Daí vem diálogos, conversas e críticas que dá uma coleção de livros. Não entrarei na seara.
O mundo parou para ouvir o senhor de muitas vidas. Deve de ter mais de sete, que até então o gato ostenta ter. Afirmou em alto e bom tom que pernambucano que não morre aos 5 anos de fome não se curva por qualquer coisa. Lula está vivo. Está forte. Está desafiador. Quando não? Perderam a guerra, senhores da guerra, que “não gostam de crianças”. A ideia do Sr. de 73 anos que pretende ir ao 120 tá batendo, né? Desculpa aí. #LulaLivre!
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