Postagens

Mostrando postagens de maio, 2019
Imagem
De dentro do circo De dentro do circo se percebe que o palhaço faz rir, mas às vezes chora, fica em pranto. Que muitas vezes que faz a platéia cair em gargalhadas está tão triste por dentro que quando tira a fantasia cai em pranto como se fosse o ultimo do mundo. De dentro do circo se percebe que o palhaço segue um comando e, que o dono do comando o ordena qual o momento em que a platéia deve rir, deve sentir compaixão pelo palhaço, deve entusiasmar-se pelo desempenho do palhaço para que o show se torne mais procurado e mais caro a cada dia. De dentro do circo se percebe que o dono do circo é sisudo e que ninguém daria uma risada pela sua apresentação, muito pelo contrario, ninguém pagaria o transitório para vê-lo. De dentro do circo se observa que o dinheiro da bilheteria não vai para o bolso do palhaço, mas do seu patrocinador, do empresário que teve a boa vontade de investir naquela empresa que tem em suas relações sociais o CPF (Cadastro de Pessoa Física) do palhaço, m
Imagem
1. Militantes e Militontos 2.Jocivaldo dos Anjos  jocinegao@hotmail.com É sabido na sociedade que as pessoas que são consideradas militantes são aquelas que estão imbricadas nas lutas dos movimentos sócias e populares, que defendem as causas daquelas e daqueles que são segregadas socialmente, na perspectiva de superação deste estagio de “pobreza” e que esta luta deve primar pela libertação deste povo em todos os seus aspectos. Entretanto, a militância vem merecendo algumas discussões de como ela esta sendo fomentada; para quem ela está servindo; como ela está sendo aplicada e os seus resultados efetivos. O teólogo Frei Betto faz uma analise entre as pessoas que militam é, para ele há uma distinção entre os militantes, os quais ele distingue entre militantes e militontos. Os militantes conhecem a luta, reconhece os percalços, se alimenta diariamente de bases teóricas e a pratica sabendo o que está fazendo e ainda conforme BETTO “O militante aprofunda seus vínculos com o povo, e
Imagem
Uma geração que gera ações: O parlamento jovem brasileiro na Bahia 28 de maio de 2019 entra no imaginário de 4 pessoas da Bahia. Este dia marca algumas coisas importantes para elas: Thamiles e Jamile foram convidadas a fazer uma matéria para a TVE  sobre a participação delas no Programa no ano passado e aceitaram. Foi a primeira entrevista delas. Para ser algo mais inédito em suas vidas, foi também a primeira vez que elas adentraram o Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia - ALBA. E, elas não vieram sozinhas.  Além de trazerem em cada brilho do batom, cada cuidado no cabelo e cada sonhos que encerram e extrapolam na juventude, elas trouxeram a tia de uma e a avó de outra. Para terem uma ideia sobre a grandeza de coisas que parecem pequenas, A Sra Adriana Farias é a tia de Jamile Oliveira, e D. Ana Lúcia de Thamires. D. Ana, de 71 anos inaugurou as cadeiras da assembleia. E inaugurou para ver a figura mais ilustre falar: sua neta. Imaginemos se ela ficou alegre com a cena. Ag
Imagem
JOVEM E MULHER NO MEIO RURAL: ATUALIZAR O DEBTE E VISITAR OS CONCEITOS ¹ Jocivaldo dos Anjos² Tratar jovens e mulheres ou mulheres e jovens como se um fosse um complemente do outro ao se tratar de inclusão dos “esquecidos” na Agricultura familiar é um equívoco. Se equivoca na saída e a chegada não passa de uma constatação do erro de saída e do único resultado possível da chegada: ou um dos dois ficam mais atrás – porque os dois continuaram atrás- isso, a partir do gênero expressão sexual e “sensibilidade” para o tema do/a gestor/a, do tema que tiver mais evidenciado no momento e sofrer mais pressão social ou tão somente, como de costume ocorre como uma força semântica do termo que compõe os textos orais ou escritos. Não entram nenhum nem outro no produto final. Mas, existem precedentes. No final da década de 1990 ficou muito forte nos movimentos sociais brasileiros a realização de oficinas, projetos de intervenção e ações distintas a partir de um termo denominado de raça, g
Imagem
1. E esta língua que Latimos 2. Jocivaldo dos Anjos Observamos diariamente nos meios acadêmicos algumas expressões que se colocam restritas apenas a alguns grupos de profissionais. Na sociedade não é diferente escutamos (principalmente no meio jurídico) expressões que apenas os conhecedores do direito, e chamados erroneamente de operadores do direito, dominam, - e nem todos-. Nas salas de aula de ensino fundamental e médio a grande maioria de professores de língua portuguesa enfrenta dificuldades para dar algumas explicações a exemplo de explicar o porquê das palavras seção, sessão e cessão serem grafadas de tal forma ou para explicar porque o feminino do substantivo cachorro é cachorra e o de boi é vaca e o de cavalo é égua. A maioria destas expressões provém da língua latina, considerada por muitos como uma língua morta, mas que diariamente demonstra que está vivíssima, e por se falar em vivíssima, também vale ressaltar o quanto, muitos professores engasgam quando algun
Imagem
O CAMPO DA JUVENTUDE NA JUVENTUDE DO CAMPO¹ Jocivaldo dos Anjos² Iniciar este texto com o trocadilhando é trazer a tona, para além de um debate aprofundado e problematizador sobre a juventude no e do campo, também discutir o raio de atuação, ou seja, o campo em que a juventude do campo se insere nas propostas apresentadas pelos governos e pelos segmentos sociais destes. Discutir se as propostas respondem as demandas da maioria dos jovens e se quem produz estas demandas estão a produzindo para responder a questões idiossincrásicas da sua geração ou da sua representação (entidade ou governo) deve ser eminente na sociedade juvenil atual. Ficam estranhas algumas defesas à luz das teorias e das vivencias. Juventude esta que pela primeira vez na história do Brasil se reconhece enquanto jovem, que se coloca enquanto jovem, que produz enquanto jovem, e, que não é simplesmente, - não querendo desconhecer o papel de outras gerações, principalmente a tão badalada década de 60 -, mas
Imagem
E a árvore. Até quando ela resiste? O verão de 02 foi pesado. Daquele mês que queimam os miolos. Quer dizer, os canais por onde a fotossíntese deveria acontecer. A árvore balançou. Perdeu parte das folhas. Passou por cuidados do florista e do agrônomo. Não caiu. Mas, ficou baqueada. Veio o verão de 04 e novamente não foi menos difícil. Um dos seus galhos cedeu em uma tempestade. Quem conhece trovoadas sabe. Este galho lhe era muito importante para ajudar no sombreamento do solo. Mas... coisa da natureza. A árvore seguiu. Baqueada, mas, ainda de pé. Suportando as dores e chorando sozinha para não deixar que as outras vissem. Às vezes não havia outro jeito. Aí... o líquido jorrava explicitando que a árvore , por mais forte que seja, também sente. Passa-se o outono e tudo ok. Mas, na primavera de 14 um baque pesado na árvore. Chuva de granizo no sertão e pegou a árvore desguarnecida. Levou-lhe um dos seus 3 frutos. Desta vez um fruto pecou. Pecou e caiu. Árvores trata os frutos como
Imagem
CRONICA DE UMA MORTE ANUNCIADA NA BAHIA¹ Jocivaldo dos Anjos² Eles chegaram, cantando os pneus e com a sirene ligada. Quiçá aqueles pneus e aquela zoada amedrontadora da sirene tenham a intenção de despertar o sentimento que todos sentem ao escutar. Uma sensação bang-bang. O cérebro não processa direito o que é o medo e o que é revolta ou até mesmo aventura. Eram cinco, todos bem aparelhados, com armas pesadas e com cara de poucos amigos. Quatro homens e uma mulher. Um desceu com uma arma de calibre alto nas mãos e adentrou às dependências do hospital, logo depois outro, e logo veio a maca. Questão de segundos e, era arremessado do carro um corpo. Um corpo preto, magro, com idade aparentemente de menos de 30 anos. Não deu pra ver o rosto. Era muito sangue. Ah sim... Mais um corpo masculino. Mais um representante do estereotipo que o Estado elegeu para dizimar. Alias conforma Althusser os aparelhos do Estado devem funcionar. Talvez o cérebro que comanda este corpo não conse
Imagem
A caravana do guri passeou pela língua de Camões: Chico em si. Ele mesmo. O guri do Rio... do Brasil e do mundo também, né? O brother do Lula. O eleitor de Haddad. O cara que já escreveu sobre quase tudo. Fez canções de dores exprPolou amores. Fez uns acabar e tantos outros surgirem. E... tanto é mais tantos se insurgir. Patrimônio da língua brasileira. Desde a nheengatu. Eu não sei ainda sobre o que significa o quase. Mas, vamos deixar o quase para falar de sua incompletude. Até que a pica da gente é enorme ele falou. (Se ele falou na poesia eu posso também falar na prosa). Não que seja somente para hipersexualizar e erotizar o corpo do homem jovem  negro e reduzi-lo a isso. Mas, para falar sobre gente brasileira é como está gente vê a gente e se vê também. Mas... Chico falou.   Falou. Poetizou o falo e falaram pra ele que falar do falo assim merece prêmios. Dentre estes grandes prêmios, além das caravanas em todo o canto do Brasil, que até o grito de Lula livre teve, tem també
Imagem
1Da inutilidade do útil 2jocinegao@hotmail.com Acostuma-se considerar que as pessoas são úteis quando elas se apresentam na sociedade em duas dimensões: na primeira quando se conquista respeito e reconhecimento por conta de estudos acadêmicos e demonstração de capacidade de elaboração, persuasão, autocontrole, trabalho em grupo, dentre outras possibilidades. Numa outra dimensão, úteis são pessoas que mesmo não tendo uma formação acadêmica, poder de persuasão e elaboração está sempre disposto a colaborar quando solicitados (sem discutir).  Denotam-se então duas faces de utilização do útil: o útil capaz e o útil colaborador, que às vezes pode-se mesclar em uma só dimensão ou se apresentar socialmente de forma separadas e o útil que se apresenta automatizado e mesmo com contribuições limitadas não apresenta nenhum risco político para o grupo social evidenciado.  Estão duas dimensões de utilização da utilidade do útil sofrem diversas mudanças em representações a depender do espaço
Imagem
1. A sombra do chato 2.jocinegao@hotmail.com Apregoa-se na sociedade mundial que todo político tem que ter uma equipe de trabalho. Um grupo que seja competente, que consiga passar para o político segurança e seja capaz de fazer as articulações, enquanto o papel do político é obviamente fazer política. Fazer política parte do principio etimológico da palavra, que tem sua origem na palavra grega Polis, que significa cidade, que era o lugar onde acontecia de fato a política. Aparecer em publico, demonstrar segurança nas coisas, conhecimento, ter a resposta para tudo, mesmo que não tenha a solução e ser racional parecendo que é emoção. Cientistas políticos afirmam que todo o político deve ter a capacidade de discernimento das coisas que acontecem a sua volta, deve coordenar o seu grupo com maestria e conseguir resolver as divergências internas (que sempre ocorrem em todos os espaços de embates políticos). E, para alem disso: O grupo deve sempre estar unido e percebendo da importânc
Imagem
 A META DO MITO E O MITO DA META¹ Jocivado dos Anjos²   É sabido na sociedade que o mito é algo falso ou alegórico, mas que ganha relevo nas relações sociais. Mas, como e por que nascem os mitos? Veem a tona despretensiosamente ou são criados com uma finalidade? Como em nossa sociedade sabemos que tudo é construído, logo, por analogia silogística os mitos também são constructos sociais e, assim sendo ela obedece a um rito, têm objetivos e logicamente uma meta. Daí surge a ideia do trocadilho titulador deste texto. O mito, assim sendo, são representações cujas se utilizam para o alcance de uma meta e cada mito tem sua meta. São diversos os mitos engendrados na sociedade brasileira, mas deter-me-ei neste texto somente a um e, quiçá, o mais badalado nas ciências sociais com recorte étnico-raciais: o mito da democracia racial; muito difundido pelo direitista, escritor do Clássico livro Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre, mesmo sem ter alcunhado esta expressão ele organizou
Imagem
1 Acolherão os recolhidos ou recolherão os acolhidos? 2 Jocivaldo dos Anjos O verbo acolher e o verbo recolher ambos vêm do latim. O primeiro significa dar acolhida, agasalhar, hospedar, amparar, abrigar, já o segundo tem o significado de tomar, retirar, levar consigo para guardar ou usar, esconder, sair do convívio social. Os dois são Verbos Transitivos Diretos - VTD, portanto pede-se um complemento: o objeto direto. Quem colhe, colhe alguma coisa ou alguém, logo se pode acolher alguém ou ser acolhido por alguém e quem recolhe também pode recolher alguém ou ser recolhido por alguém. Quem acolhe ou recolhe é o praticante da ação, sendo portanto o sujeito da referia ação, quem é acolhido ou recolhido sofre a ação é o sujeito paciente ou seja o objeto desta ação. Iniciar este artigo utilizando os verbos da língua portuguesa tem um propósito muito mais político e ideológico do que gramatical, além de intencionalmente demonstrar que a língua, os verbo e palavras utilizadas em sit