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Mostrando postagens de dezembro, 2022

O desprezo pela juventude

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O desprezo pela juventude A juventude tem sido um instrumento dos adultos para satisfazer seus desejos. Já disse antes em outros textos. Antes de mim outras pessoas disseram já também. Dentre eles o Bourdieu naquela famosa frase cujo titula o texto: “A juventude é apenas uma palavra”. Mas, mesmo já tendo dito eu necessito de redizer. Redizer para não reduzir. Ou melhor, para ajudar a reduzir menos. Pois, redução juvenil não se trata de um equívoco, mas, de um projeto. Um projeto de sustentação do adulto. Algo parecido com as classes sociais, em que as de baixo sustentam as de cima achando que está sendo beneficiadas. A juventude tem sido isso no Brasil. Não trabalhar as possibilidades de inserção das juventudes nos governos sobre o pretexto de não caber em tal área tem sido a máxima da justificativa da não inserção. Quando muito, cria-se um espaço para a juventude nos governos e, de forma equivocada, orientada por uma formação da servidão a juventude pede um espaço finalístico p

É doutor. Mas, não cura

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É doutor. Mas, não cura Esta resposta é a das gentes dos quilombos que chegam ao doutorado. É da gente do quilombo que conseguiu dar uma cabriola na vida e ocupar o imaginável lugar de doutor. Não é o que desejaríamos falar. Mas, é o que nos permite informar melhor para os nosso e as nossas. Nosso povo aprendeu que doutor é médico é advogado. Isso fruto da colonização que sofremos para que brancos europeus tivessem títulos de doutor. Até hoje usam deste subterfúgio para serem doutores sem ser. Doutores sem ser poderia também nomear este texto. E eu poderia iniciar dizendo que doutores sem sem são as pessoas que passam por estas duas profissões já citadas. Mas, também poderia ser a informação que nosso povo nos observa. Tipo: doutores, mas, fora do entendimento do que foi informado como doutor. Mas, não somos os doutores que não curam. Muito pelo contrário. Curamos. E muito. Ah, como curamos!!! Curamos as feridas que ainda não cicatrizamos de mais de três séculos de escravidão e d

A remoção como meta

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O deserto da docência e a remoção como prática O deserto, substantivo, é um lugar onde não há ninguém e nem nada. Desertar, verbo, é evadir-se de um local. Migrar. Desertar na linguagem contabilística e de pregões é ninguém desejar. É enjeitar. Estas e outras categorias representativas servem para ilustrar o que ocorre na rede pública de educação no Estado da Bahia em relação aos professores, coordenadores pedagógicos e outros e outros profissionais investidos em concursos públicos. Não falo de outro local porque não conheço. Portanto, somente cito a Bahia. As pessoas que tentam concursos públicos escolhem os municípios menores não para garantir educação e presença docente nestes lugares. Muito pelo contrário. Em sua maioria escolhem pelo sentido contrário. Pela negação. Pelo uso destes lugares como se pouco importantes fossem. De fato, para estas pessoas, são. Não alinho por baixo e incluo todos. Mas, quase todos, maioria absoluta, fazem nesta perspectiva. Fazem para negar o lo