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Mostrando postagens de julho, 2020
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Brasil. Bem-vindos ao país da hermenêutica. A hermenêutica, esta proparoxítona, valorizada pelos normativistas e pouco propaladas pelos meus e pelas minhas (os nossos falam pouco as proparoxítonas) se trata de uma regra no Brasil, país que segue a doutrina do Civil Law, ( que visa a interpretação a partir de um conjunto de leis escritas e tem origem na tradição greco-romana). Desta forma, a lei escrita, por semelhança do entendimento deveria ser o balizador da aplicabilidade do arcabouço legal no país. %SQN. No Brasil  o Juridico e a sociedade, as vezes, tergiversa o caminho da legalidade. O Brasil tem adotado o modelo denominado de Common law. O Common law vem da tradição anglo-saxã, que visa a interpretação das leis a partir dos costumes. O denominado direito costumeiro ou consuetudinário. Este não é regra no Brasil. É, ou deveria ser, a exceção. Mas... mas, a vaidade e a possibilidade de dizer não é o que liga. Liga quem pode falar com a possibilidade de dizer um NÃO. O B
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Por que Salvador, continua sendo, sem ser, a cidade mais negra do Brasil? Amo Salvador. Seus cantos e encantos que em todos os cantos resiste rindo e afrontando as travessuras do modelo de desenvolvimento adotado. Cidade que me adotou e me acolhe diariamente. Cuida de mim. Mas, Salvador não pode Ter o título que não tem. Salvador não é a cidade mais negra do Brasil. Não é. Num dia destes, num diálogo com um Dr. preto de Salvador, ele afirmou isso. Eu retranquei. Retranquei não somente pela cidade mais negra do Brasil ser a que me pariu e me criou, Antônio Cardoso, conforme do Censo de 2010, mas, também, pelo fato de o modelo de desenvolvimento nacional seja o de apagamento dos municípios menores e assim continuar a propalação do fim do meio rural. Precisamos de compreender as lutas dentro das lutas e a sub-intersecções necessárias para não criar unidades apagamento as diversidades. Este professor Dr. preto me disse: - “sua explicação procede em dados, mas, Salvador carrega o s
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Eu não vou embora ou não consigo respirar? A segunda frase é bem conhecida na luta antirracista no mundo e tomou proporções maiores, agora, com o assassinato de George Floyd, por um policial branco nos Estados Unidos. Para além de uma frase forte ela é a expressão de corpos que já não suportavam as dores asfixiantes e pediam socorro ao seu algoz que estava ali para humilhar, matar e dizer em todos os tons de pretos porque estava matando. Esta primeira frase se trata de parte da letra de uma música que embala as baladas brasileiras e que os mais baladeiros pedem sempre mais uma. Então, “eu não vou embora” se tornou um hino para uma parcela da população brasileira. Estas frases parecem não se articularem entre si. De fato não se articulam. Pois, é impossível de elas saírem das mesmas bocas e contextos semelhantes num país como o Brasil. A parte da música foi entonada em alto e estridente som neste sábado dia 04 de julho de 2020 por baladeiros na cidade do Rio de Janeiro, bairro