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Mostrando postagens de janeiro, 2021

O enem e o governo Bolsonaro

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O ENEM É UM PROJETO EXITOSO DE BOLSONARO CONTRA O ESTUDANTE SISTÉMICO Afirmar que o ENEM de 2020 realizado no Brasil foi um fracasso é, no mínimo, uma leitura bondosa e dotada de carência reflexiva. A primeira fase do ENEM, realizada no dia 17 de janeiro foi um grande êxito do governo Bolsonaro. Precisamos de recorrer aos clássicos para compreender sobre o que ocorre no Brasil de 2021, caso a vista a olho nu não consiga orientar uma interpretação realista. Darcy Ribeiro, mineiro de Montes Claros, nascido no ano da Semana de Arte Moderna, 1922, um marco cultural no Brasil cunhou uma celebre frase “A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto”. Portanto, querer interpretar a maior abstenção da história neste Exame Nacional do Ensino Médio com mais de 50% de abstenção como um fracasso é um convite de retorno aos bancos escolares para aguçar o sentido interpretativo dos fatos. A academia chama a isso de capacidade epistemológica. SenhorEs, o ENEM se trata de um marco n

Sobre paixões e vaidades

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  A vaidade cega, bem como a paixão  Gente apaixonada não é confiável. O vaidoso muito menos. Se, por um acaso, um corpo sustentar tal peso, o senhor ou senhora dele chamará de ostentação. Ledo engano. Se trata de um corpo pusilânime. Cansando e dominado por quem domina o dominador. Aquele ou aquela que aprendeu ser bom “estar preso por vontade”. Cortamos. Cortamos se precisarmos de saídas racionais para a resolução de questões estratégicas. Aliás, quase tudo na vida é racional. Até quando Antônio Damásio falou do erro de Descartes. Aliás, quase tudo. Para eu me livrar de minha paixonites também.  O vaidoso se sente tal o bom que ajuda o adversário achando que está fazendo bem a si mesmo. Seja interno ou externo o seu adversário. Orgulha-se de ser a referência quando na verdade para que seguisse ostentando grandezas deveria querer ser mais um somente. Mas, não consegue ser. Freio Beto chamou no início do século XXI e prelúdios do governo Lula no Brasil de Mosca Azul. A mosca azul pica.

Menor Nico é engraçado, mas não é alegre

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  Ver Menor Nico é engraçado, mas, não é alegre Não é alegre ver um adolescente negro de 14 anos que não sabe ler e escrever de acordo com o preconizado pela legislação. Esta é a regra da adolescência negra e rural no Brasil. Menor Nico é a exceção disso enquanto destaque. Mas, a regra enquanto vivências diárias. Este soletrar de Nico me incomoda. Eu, que tieto ele é fui até à casa dele na semana passada. Me agrada ver a puerilidade de Nico, mas, me incomoda ver que ele representa a regra educacional e social que afasta jovens negros de espaços de vida e os empurra para espaços de mortes. Nico tem uma beleza linda. Para qualificar com redundância a beleza. Mas... não me chamem para celebrar meu conterrâneo que aos 14 anos ainda está na terceira série e soletra as palavras. Nico não sabe ler direito. Isso me incomoda.  Ele precisará da educação. Aliás, ele já precisa. Se ele continuar com muito sucesso precisará para fazer seus negócios prosperarem. Se fracassar precisará para sobrevive

Vida e morte são negócios

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   A politização da vida e da... e da morte Um ser de outro planeta não inserido em nossas formas de vidas poderia, talvez, achar estranho que na terra a decisão de quem vive ou quem morre seja uma decisão política. Poderia indagar como pode num espaço eivado por matrizes religiosas e defensoras de um Deus que,  não somente promete a vida, mas, que nas religiões diversas é ele o próprio promotor da vida (seja pelo barro de Prometeu, pelas mãos de Olorum ou do Deus de Abraão, Isaac e Jacó...) É. Mas, na terra é assim. As decisões políticas e seus conselhos e concílios tem se reunido historicamente para planejar as mortes. Seja pelo fomento de guerras, pela perseguição de povos, pelo espalhamento de vírus e doenças, por esquecimento de raças e etnias e por outras tantas e  diversas formas de negação da vida. A morte é planejada na terra. É uma tecnologia política, econômica e eleitoral. . Da vida e do próprio Deus deturpado intencionalmente em sua interpretação do sagrado. Não tão sacro

Renomear as escolas é democratizar a Bahia

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Renomear as Escolas é emancipar a Bahia Nomear obras públicas como forma de eternizar seus nomes não é algo novo na história. Na antiguidade, Adriano, imperador romano já usava deste artifício para perpetuar seu nome a partir das obras construídas que deveria ter caráter públicos. O tempo de Hadreanum, (Adriano em latim) 138 DC se trata de um destes exemplos.  Pelo Brasil se percebe nos municípios os nomes de equipamentos públicos nomeados com o sentido de perpetuar nomes de famílias e apagar outros. Perpetuando assim as dinastias familiares. Nas cidades brasileiras se percebe que o que deveria ter um caráter público de valorizar a história local tem sido utilizada para eternizar nomes, que muitos, deveriam ser esquecidos. Prova disso são os espaços que prestam homenagens aos ditadores. Por exemplo.  Atitudes assim provam o caráter patrimonialista e uma agressão ao artigo 37 da Constituição Federal, que prevê a impessoalidade na gestão pública. Nos lugares que ainda caminham para uma e

Lições da gestão pública

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  Quem perdeu entregue e quem ganhou assuma: lições da gestão pública Todos os janeiros pós eleições municipais nos 5.570 municípios do país ocorrem os mesmos fenômenos recorrentes: o apontamento dos erros da gestão passada pelo grupo vencedor e o grupo perdedor desqualificando, do ponto de vista técnico, a composição política exitosa. Isso ocorre até quando dá continuidade de governos. Apontar o erro do passado é uma necessidade dos que chegam. Porque chegam com a premissa do mito fundador da política, que é a mudança. Todos os políticos de todos os partidos prometem mudança nas campanhas. Até os que vão para reeleição prometem alteração na gestão. Até aí tudo quase bem. Normal.  O problema se agrava quando quem ganha não assume e quem perdeu parece não querer entregar. E, saliento e oriento: quem perdeu não tem mais o que perder. Mas, quem ganhou tem.  Quem ganhou, ganhou para trabalhar. Para consertar os erros. Para apontar o que estava de errado também, judicializar se for o caso,