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E se médico reprovasse como professor?

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E se médico reprovasse como professor? Alguns mais afoitos e “armados” me dirão: - ah mas são profissões distintas e o professor precisa de confirmar o aprendizado. (Não o ensinado e apreendido necessariamente.) Por isso reprova para que o aluno se digne a estudar mais e aprender. Outros mais na defensiva e certos do seu saber professoral dirão: - eu jamais reprovei ninguém. Todos que passaram por mim e foram reprovados, foram por eles mesmos. Pois a eles cabem o dever de aprender. É isso: o dever de aprender. Raramente surge a pergunta acerca de quem são os reprovados e por que os são. Poucos colegas professores se perguntam sobre o porquê seguimos com este modelo que reprova em vez de um que eleva e cuida. Que busca as causas e não somente aplicam as consequências. Na saúde os pacientes que vão para a Unidade de Terapia Intensiva - UTI são mais cuidados e seguem com atenção a todo o momento. Para que estes e estas hospitalizados possam recobrar a vida plena. Na educação aqueles

Jaques Wagner

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Jaques Wagner: Um demiurgo da renovação O culto as cinzas conseguem geralmente suplantar a transmissão do fogo. A partir da lógica de valorização da história tem-se colocado os mais jovens em condições de respeito à fila. Escuta-se sempre para ter calma que a vez chegará e que muita gente construiu este espaço e, portanto, os mais jovens necessitam de entendimento e calma. Wagner não nega isso. Não nega isso, mas, entende que a transmissão do fogo deve ocorrer ainda quando o fogo está em chamas. Deve ocorrer quando se pode aprender a manusear o fogo enquanto ainda as chamas estão altas e chamam a atenção e cobram responsabilidade. Não quando ele já está chegando ao seu final. Quando cultuando as cinzas. A explicação de tanta prevaricação para a passagem do bastão de forma acompanhada está ainda no entendimento do estrutural funcionalismo que orienta a relação som as pessoas mais jovens. Está no desacreditar nos sujeitos a partir das suas idades. Está no acreditar que o jovem terá

Andar com mulheres

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Andar com mulheres A gente só entende o outro na nossa contradição. A contradição é nossa. Não é do outro. É o outro que completa as nossas incompletudes. Neste caso, a outra. Ou as outras. Eu decidi dialogar e enfrentar as contradições. Dentre as minhas maiores contradições, que é o de todos as pessoas, forjadas neste solo brasileiro, está o machismo. Estão também de forma interseccionada o racismo, a pobreza, a idade e tantas outras. Devemos cuidar de todas mas, começar pela nossa maior carência. Pelo que a gente expõe mais latente nas relações pessoais. Em meu caso, mirar no espelho para entender o machismo entre as interseções todas. E, ao entender (de teoria e práticas) percebi o quanto é importante o aporte teórico e as convivências diárias. O empirismo. bell hooks me ensinou que o feminismo é para todo mundo, pelos livros. Minhas amigas me ensinaram que a vivência de ser mulher é mais difícil do que nos livros. Aprendi com outras tantas mulheres que o debate teórico de pouco

Flores no dia 08?

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Flores no dia 8? Depende. Se a relação for afetuosa e amorosa cotidianamente não há por que não. Se o amor é uma constante não há por que não. Se o amor for uma busca também não há por que não. A resistência as flores no dia 08 é um recado para onde falta o amor e quer fazer do dia da mulher um evento. "Quanto se é evento sempre se é vento". Não é. Não pode ser. Mas, o recado não é e nem deve ser uma negação do amor. O que o feminismo (negro em especial) busca é a positivação do amor e jamais a sua negação. A negação das flores não deve se dá em todos os casos e nem ser uma orientação universal. É o amor que rege se ele rege todos os dias. Conheço muitos casais que a flor neste dia 08 será muito bem-vinda para as companheiras. Conheço filhos que as flores será uma grandeza para as suas mães. Conheço país que as flores florescerá alegrias em suas filhas. Não é o desamor que o feminismo busca. É o amor. O amor constante e o respeito constante e presente diariamente. O femini

Tatiana Veloso: a grandeza da simplicidade

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Tatiana: a grandeza da simplicidade - “Eu tava com medo de ela vir pra posse com aquelas camisas de algodão que ela anda”. Me disse uma amiga sobre a posse. Eu respondi: - que bom. Bom que o medo que paira no ar é de que teremos alguém que tem na essência e nas ações o respeito, alguém que as vestes e títulos são somente detalhes. Que o medo da vergonha está onde jamais se deve ter medo e vergonha, sim orgulho. Assim conversamos, brincamos, rimos. Nos emocionamos com a cena. Uma das mais marcantes da história da Bahia. Mas, ela tava impecável organizada com os bordados das quilombolas. Sendo ela com certeza seria dos quilombos. E será, na maioria das vezes. Falávamos da professora Tatiana Velloso. Primeira-Dama do Estado da Bahia. Hoje é somente a primeira. Mas, sempre foi Dama. Assim mesmo. Em letras maiúsculas. Porque ela sempre foi substantivo. SubstantivA. Tatiana ostenta consigo a simplicidade da grandeza que, se falarmos de grandeza da simplicidade da na mesma. Como na mat

Combater a fome é nomear os ninguéns

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Combater a fome é nomear os ninguéns ninguéns. Escrito assim mesmo. Em letras minúsculas. Para situar o tamanho e importância que se é destinada aos esfomeados. ninguéns, cujos apelidos são maiores e mais conhecidos do que os nomes. Lula não seria Lula se tivesse nascido na abundância da comida. Sim. Ter comida diante de quem não tem é abundante. Logo, ter como meta o combate à fome é ter coragem de dar nome a gente sem nome. Gente sem nome literalmente. Pois, falei de gente conhecida pelo apelido. Mas, vou mais longe. Gente que somente tem o apelido como nome. Gente sem registro de nascimento. Gente não gente para o Estado. Gente que chamamos de gente por um capricho dos olhos que orientam a nossa fala mas, não toca em nossos sentidos no sentido político de sentir. Tipo; ver e não enxergar. São estas as gentes que a política de combate à fome tem por Sul. Isso mesmo. Por sul. Porque quem produziu e se locupletou da fome nos disseram que devemos ter nortes. Se nortear por aqui ou p

O desprezo pela juventude

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O desprezo pela juventude A juventude tem sido um instrumento dos adultos para satisfazer seus desejos. Já disse antes em outros textos. Antes de mim outras pessoas disseram já também. Dentre eles o Bourdieu naquela famosa frase cujo titula o texto: “A juventude é apenas uma palavra”. Mas, mesmo já tendo dito eu necessito de redizer. Redizer para não reduzir. Ou melhor, para ajudar a reduzir menos. Pois, redução juvenil não se trata de um equívoco, mas, de um projeto. Um projeto de sustentação do adulto. Algo parecido com as classes sociais, em que as de baixo sustentam as de cima achando que está sendo beneficiadas. A juventude tem sido isso no Brasil. Não trabalhar as possibilidades de inserção das juventudes nos governos sobre o pretexto de não caber em tal área tem sido a máxima da justificativa da não inserção. Quando muito, cria-se um espaço para a juventude nos governos e, de forma equivocada, orientada por uma formação da servidão a juventude pede um espaço finalístico p