Dores e ardores
Há dores e ardores Há dores e dores. Há dores que ardem. Estas dores que ardem são as que estraçalham por dentro. Que ardem enquanto doem. Que mesclam a ardor da pele e a dor nos ossos. Mas, doi na pele e nos ossos sem tocar. Sem uma posição de socos nos corpos as dores violentam os sentintes. Sentintes de dores assim não pensam como diria o Galeano. Somente sente. Estas parecem ser dores insuportáveis. Ou melhor. O corpo suporta. Mas, fica somente um calhamaço de corpo. Estas dores desintegram as pessoas. Vi um homem sentindo dor assim. Urrava de dor. Sabia o que provocava a dor, mas, não entendia porque dois e ardia. Mas, às vezes ardia mais e às vezes dois mais. Em duas cenas, na chegada e na saída da cena que provocou a fatídica dor se mesclaram a dor e o ardor. Estas dores são como os ciscos que caem nos olhos enquanto o graveto penetra. Não se trata de pouca dor. O líquido azedo desce sobre a pela e atua como pimenta na ferida. Que dor violenta! Estas dores que ardem são in