Postagens

Mostrando postagens de abril, 2020
Imagem
ESTÁ COM SAUDADE, NÃO É,  MINHA FILHA? Saudade, em solidão, é uma palavra portuguesa. Mas, pandemia é coisa de todo o mundo. Num momento em que estamos dialogando sobre o que ofertar para a rede de educação em todo o mundo, possibilidades de educação não presencial uma condição, como éter, nos foge das mãos: a saudade. São 850 milhões de estudantes com saudades em todo o mundo. Aquele segredo que somente o melhor amigo e a melhor amiga sabem, fica guardado. Guardado não. Acumulado. Acumulado para ser contado sabe lá Deus, quando. Porque a gente não sabe como se tem tanto assunto. Mas, cada dia se tem um segredo diferente para contar. E, muitos deles fazem diários com estes “segredos”.  E, são segredos que não tem o mesmo sabor de ver o brilho do amigo e da amiga contente por saber. O pegar na mão forte, o abraço, o consolo... e a felicitação em conjunto.  Não ver a cumplicidade em cada olhar e suas trocas não é algo bom. Não sentir a mão gelada pela nota baixa e pelo medo de d
Imagem
O TEMPO DELES OU OS NOSSOS: O QUE SIGNIFICA PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES PARA ESTUDANTES QUE SE ENCONTRAM COM AULAS SUSPENSAS POR CONTA DA PANDEMIA DE CORONA VIRUS? Sem avisar, chegou o desafio para a rede de educação brasileira. Toda a rede. Públicas, privadas, presenciais, semipresenciais, sem mediação... negros, brancos e demais cores, raças e etnias; pobres ricos e a diversidade que contempla a classe do meio... todo mundo precisa de organizar o currículo para este tempo. Todos. Inclusive os remotos esquecidos e forçados a engolir o padrão: indígenas, quilombolas, ribeirinhos e demais comunidades tradicionais. Estes são, talvez, o maior dos desafios.  Pois, suas metodologias e epistemologias, pouco apreendias e valorizadas poderiam pelo centro do poder que constroem o currículo, neste momento, para além do sempre, ser um modelo de uso possível e necessário para o momento.  Destinar um tempo para refletir as formas de organizar os processos apresentados para os estudantes se faz m
Imagem
POR CAUSA DE UM, TODO SOFREM. O QUE RESERVA ESTA FRASE? Esta se trata de uma das frases mais entoadas e escutadas em solos tupiniquins desde antanho. Foi assim com a colonização quando Portugal chegou aqui e “não compreenderam” a diversidade aborígine. Logo após, não foi dessemelhante para com a escravização do povo vindo de África, esta serviu para “colocar os negros em seus lugares” a partir de uma “educação de massa”. - Querem uma materialização desta frase mais fiel do o açoite nos Pelouros? Espancamento e mortes ao ar livre e às vistas dos parentes, amigos e demais pretos para saber que “por causa de um, todos sofrem? ”. Pois bem, é de sangue. De muito sangue que é feita a nossa história. E, saibam, o sangue educa. Não necessariamente para o bem. (Na maioria das vezes não tem sido). Mas, educa. Esta frase atravessou os tempos para demonstrar que num país marcado pela escravização não existe outra forma de interpretação dele e de proposição de políticas para ele que não sej
Imagem
POR QUE SOU CONTRA A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DURANTE A PANDEMIA DO COVID 19? “Onde há signo há mediação”. Desta forma, um dos maiores expoentes da educação mundial defendia as formas de educação, Lev Vigotsky. Este conceito amplia o entendimento e também possibilita a inclusão de Educação à distância enquanto possibilidade formativa. No entanto, o entendimento de signo para mediação no processo de ensinagem e aprendizagem necessita de um método de abordagem e uma metodologia de aplicação. Pergunto: as proposições intempestivas de promoção de Educação à distância no Brasil de 2020, em tempos de Covid19, possuem o método e a metodologia necessária a intermediação do signo? Vejamos. Educação à distância não se trata da mesma coisa que ensino à distância. Ensino a distância a gente faz desde há muito tempo e continuará a fazer por muito tempo também. Sem a necessidade de um rigor cientifico e um método testado. Já educação à distância, mesmo também sendo utilizada desde a muito temp
Imagem
Sem abraço minha cidade Hoje sai para celebrar No Canto Escuro se canta No Oleiro se ressoa O que na Sede entoa No Gavião também se sente Hoje, meu povo está contente Celebrando mais um ano Mas, tá distante, resmungando Com vontade de abraçar Sem abraço, minha cidade Hoje sai pra celebrar O Samba de Roda no Poço Guarda o Tambor e o pandeiro Sem montaria no Limoeiro E sem arreios nos cavalos O futebol, o baleado O dominó e a biriba E as poesias de cada rima Poucos risos nas meninas Lamento triste a escutar Sem abraço minha cidade Hoje sai pra celebrar No Travessao não pode festa Na Bananeira sem torneio Assim o belo se faz feio Na Caboronga som não pode Nos campos os pés não correm E as redes não balançam No Gaviao uma esperança Espera pra comemorar Sem abraço, minha cidade Hoje sai pra celebrar Na Santa Cruz, uma prece Nos Paus Altos reunião? E na Ilha, peixe? - não Em Sanxtovei praça vazia No Pernambuco que se ia Tomar um banho, abrir cami
Imagem
E QUANDO OS NÚMEROS VIRAM NOMES? A psicologia já positivou a importância de as pessoas serem chamadas pelos nomes. Isso gera nas mentes das pessoas a importância que têm para quem emite o sinal sonoro. Gostamos ainda mais quando somos chamados por nomes carinhosos e de pessoas próximas. Mas, não é do amor do nome que venho falar aqui. “Trago verdades”. As verdades que os nomes podem apresentar são de dor. Em uma semana o número de infectados por Corona Vírus duplicou no mundo. A taxa de mortandade cresce assustadoramente, que nem o império do mundo (Estados Unidos da América) têm de ostentar, neste momento, a primeiro lugar de país com maior mortandade pelo Covid 19. Mas, continuaram capitalistas e não espero mais amor. Nos EUA, como na França e na Itália, números viraram nomes. No Brasil também, mas, em bem menor número. Números menores e nomes mais desconhecidos, por consequência. Aqui, em terras tupiniquins, ainda há pessoas que “sextam”. Ainda há visitas, abraços, afagos,
Imagem
NÃO É A COMUNICAÇÃO. É A POLÍTICA: DIALOGOS SOBRE PODER E DECISÃO NA GESTÃO PÚBLICA “As letras servem de ornamento na prosperidade e de consolo da desgraça”. Assim falava sobre a política o filósofo Aristóteles. O tratar sobre a comunicação como instrumento não é somente uma negação da importância dela em todas as possibilidades de relações humanas e sobre uma ferramenta de conquista e manutenção do poder. Digo uma das porque não é a única. Em todos os momentos da humanidade a comunicação sempre foi um grande instrumento do poder. E sua negação não é inverdade para a derrocada. Mas, foi e ainda é uma ferramenta. E não a única. Há sociedades que se mantem até hoje com o uso da força para a manutenção do poder e a persuasão se dá pela forma de coerção. Maquiavel ao tratar disso dizia que: “os homens devem ser conquistados ou aniquilados”. Logo, ultrapassa o poder persuasivo da comunicação a conquista e manutenção do poder. Mas, nas democracias. Ela é a maior arma política para a