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Mostrando postagens de dezembro, 2020

2020 adeus?

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  2020 adeus?  É, casca dura, bruto é tu. Não é ninguém não. Calou meio mundo, levou uma parte. Educou os dispostos e expôs o que é o papel do capitalismo: aumentar as desigualdades. A pandemia te presenteou de forma vil, 2020.  Tu que com dois números somente formou dois milênios e duas décadas. Bem sintético. Bem na sua. Tu que protagonizaria até olimpíada. Que nada. Não sei se podemos dizer que tu tirou algo de alguém ou te foi te tirado o brilho de um ano decimal.  Ah, vintão, vou te tirar teu brilho e te impor responsabilidades não. Tu ensinou a gente demais. (Me ensinou, inclusive, adentrando mais aos ensinamentos de hooks que eu posso - e todo mundo também - ajuntar pronome de segunda pessoa com verbo na terceira. Porque transgredir a gramática também liberta).  Temos uma legião de pessoas mais fortes. Um outro tanto destroçadas. Mas, todas cheias de aprendizados.  Professores que não queriam conta com celulares aprenderam a fazer lives. Sim. Tronxa, deferente, mas, fez. Vintão

Eu teria medo de ser mulher

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  Mulheres, desculpas, mas preciso de falar  Título grande para um texto que espero ser pequeno. Recolham-se à reflexão estratégica, companheiras. Está difícil. Está muito difícil. Está nublado e chove todos os dias. Chove sangue.  Me parece um copycat. É duro dizer. Mas, parece ser. Nas crises de suicídios dos tempos de Goethe e o Sofrimentos do Jovem Werther no sec XIX e quando da morte de Marlyn Morroe houve algo próximo noutra dimensão. Eu não vivi este tempo. Teorizo pouco sobre. Mas, vivo os de hoje. Parece haver uma repetição. Uma mimetização entre os casos de feminicídios. Parece que há um aumento de masculinidade em matá-las. Parece que eles (nos homens no caso) acham-se seres superiores com esta prática neste momento. Parece e foi. E quanto mais se fala mais se mata.  Pior. Temos no Brasil um momento propício. Um presidente desrespeitador do que vocês lutaram deveras para conquistar. Não está fácil.  Irmãs, não é momento de baixar as armas. Jamais será. Mas, é de reflexão.  A

Eu não me alio a bolsonaristas

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  Eu não me alio com bolsonarista Já começo com um dispensável pronome pessoal EU para demarcar o quão forte me é esta posição. Eu não quero conta com bolsonaristas. Eles de lá e eu de cá. Porque eu amo a vida e não posso me aliar a quem atenta contra a vida.  Antes, porém, devo explicitar que bolsonarista não é quem votou em Bolsonaro, tão somente. Aliás, pode até ter tido uma ou outra pessoa que pode não ter votado nele e, no entanto, é bolsonarista. Segue o rito da maldade. Mas, se tiver é muito pouco. Pode ter tido pessoas que votaram nele por diversos motivos e não concordar com a maldade que ele exala. Mas, me dirijo aos que votaram e defendem.  Podem se afastar de mim. Não me ofereçam uma carona, não me chamem para uma cerveja ou um café. Não quero. E onde eu tiver pode passar longe também. Não sei quanto tempo viverei, mas, quero viver, seja lá o tempo que for, distribuindo e recebendo amor. Não quero quem deseja o mal de forma gratuita perto de mim. Isso é uma decisão política

2020 um ano de ganhos para a Educacão

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  2020!!! UM ANO DE GANHOS PARA A EDUCAÇÃO!!! Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais. Mas, educação é mais do que espaço físico. Muito mais. Quem somente percebe a educação a partir dos espaços físicos percebe pouco. Foi desaprendido em sua capacidade epistemológica a cada aprendizado. Entendeu pouco acerca do que é e para que serve a educação.  Aulas, quando se teve (e quem teve) ocorreu de forma remota e todos em processo de aprendizagem sobre o como fazer. Estudantes aprendendo a se concentrar, muitos aprendendo a dividir computadores, celulares, tabletes e outros meios digitais. Aprendendo a perguntar para a máquina e a máquina transmitir para o professor e o colega. Não vendo o cheiro do colega. (mesmo sem coronavírus). Não foi fácil. Mas, também nunca fora fácil para a maioria dos estudantes da rede pública de educação. piorou de fato. Mas, que

A raiva da bondade extrema

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  A raiva da bondade extrema  É ruim ser bom demais. Bondade ao extremo aproxima o bom do bestialidade. O povo odeia gente neste. Pode até gostar da pessoas mas, se afasta do ato. É preciso limites para a bondade.  Num diálogo nesta semana com um amigo falávamos sobre um certo cidadão “bom”. Tão bom que é mal para ele mesmo. Cidadão respeitado e honesto, mas, rejeitado, justamente por querer tratar tudo na bondade. Até a política. A política não perdoa os nãos político. Ela é rígida. Não rigorosa que ainda permite a dialogicidade. Ela é rígida de fato.  Usar-se da bondade para ser aceito é um erro. O uso da razão sim. Milimetrar o tamanho da bondade se trata de uma ação racional e, por consequência, política. Ser bom por ser não se trata de ser bom. Mas, de ser besta.  É necessário reflexões acerca do que algumas bondades geram. Não estou pedindo para ninguém ser ruim. Estou dizendo que qualquer caridade tem de ajudar a elevar o doador e o receptor. Porque se a bondade não cumprir esta

Aos que perderam mãe

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  Aos que perderam mãe  Quem perde mãe perde parte de si. Tive com um sujeito deste e percebi um sujeito sem si. Corpo presente e alma ausente. O sujeito junta o nada ao lugar nenhum para criar sua narrativa. Ele não se consagra gente. Ser gente é uma consagração da vida. Quem perde mãe perambula em si mesmo atrás de uma bença. O Deus te dê sorte, te abençoe ou te faça feliz pesa mais do que a falta de salário ao fim do mês. Incomoda mais do que o gol perdido, do que o livro não lido e a fora da mina. Especialmente para homens... perder mãe é um desajuste.  Não que as mulheres suportem mais. É que o machismo engrossa o coro delas desde cedo. Mas, mãe... Mãe quando vai desorganiza o sujeito. Não é pelo que sai. É de onde sai e como sai. Aliás, não tem como. Da forma que sair é violenta a saída. Mas, não sai.  Devemos guardá-las. Até quando vão. Esconde nas palavras das poesias. Nas cores dos quadros... na marcha do carro, na roupa, na pele... na boas lembranças e em cada passo dado. Ela

Eu nunca fumei maconha

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Eu nunca fumei maconha Moralista! Dirão os intelectuais de capa de livros ou de orelhas. No máximo. Orelhas sem ouvidos. Mas, de fato, eu nunca fumei maconha. Aliás, jamais usei droga ilícita alguma. E não me sinto maior, melhor, menor ou pior do que qualquer pessoa por conta disso. Me sinto uma pessoa que as condições de reflexões foram permitidas a escolher. Eu escolhi não usar. Não foi a toa que não usei. Não usei por uma decisão política. Direi. Antes de entrar para a universidade jamais me ofereceram maconha ou qualquer outra droga ilícita. O álcool já era demais. Até pessoas que conhecia e tinha relações afetivas me poupou da oferta. Na universidade não. A meu ver existe uma interpretação errônea entre liberdade, uso dos corpos e drogas. Este entendimento equivocado têm contribuído, inclusive, para a morte de muita gente jovem preta. Mas, este é assunto para outra quadra. Por hora a conversa é sobre mim a a negativa das drogas ilícitas. Bora ver. Eu jamais usei drogas ilí

PRETAR NA BAHIA

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PRETAR NA BAHIA Achille Mbembe em seu livro Critica da Razão Negra afirma que no mundo se confunde sempre enquanto categorias pretos e africanos. Pois, em qualquer parte do mundo em que se ver uma “pessoa de cor” se pensa que aquele (a) sujeito (a) se trata de um africano (a). Por seu turno, a Bahia, pode ser considerada, respeitando as proporções devidas, no mesmo arcabouço avaliativo. Pois, no Brasil, onde se observa um (a) preto (a) entende-se que aquele (a) se trata de um (a) baiano (a). Preto e baiano também se confunde no Brasil. Mano Brow, líder do maior grupo de RAP no Brasil, o Racionais MCs, orientador de gerações, numa de suas canções mais conhecidas (Vida Loka 2) em uma passagem diz que “preto e dinheiro são palavras rivais”. E segue na letra estimulando o povo preto a seguir na labuta. Tanto Mbembe quanto Brown estão certos a meu ver. A aproximação do corpo preto ao corpo africano e da pobreza ao preto, bem como da Bahia à pretidão fazem parte do simbolismo imaginári

O PT NUNCA FOI ODIADO

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O PT nunca foi odiado.   Como fazer uma afirmativa desta num momento em que o antipetismo vem decidindo eleições Brasil a fora e destituindo petistas de cargos eletivos e impedindo que outros entrem. Tá bom. Eu reafirmo: O PT jamais foi odiado. (Nesta análise não estou considerando os desertores. Estes e estas que saíram também muito mais por amor mal correspondido internamente do que por ódio).  Para entender o ódio ao PT é preciso separar causa de efeito. Intenção de resultado. O que é odiado por quem produziu e convenceu parte significante do Brasil (a elite intelectual capacho de endinheirados e herdeiros da escravização) de que o PT é o maior problema do Brasil jamais foi o partido da estrela solitária. O incomodante é a sua representatividade. O seu efeito na sociedade, os seus resultados sociais. Esta elite atua contra o país porque ainda não se libertou dos gritos que vinham das senzalas, dos cantos do campo e das coragens dos quilombos.Não pussuem semtimentos de nação.  As int