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Mostrando postagens de agosto, 2019
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A política é a arte do diálogo. A política pública deve ser a do diálogo ampliado Desde as antigas polis gregas se positivou socialmente que no diálogo, mesmo que naquele tempo de forma bem reduzida, a política deveria ocorrer. Neste período de tempo até os dias atuais se ampliou por diversas áreas a estruturação do diálogo enquanto princípio da política. Pois é nas escutas que se toma as posições mais coerentes. Uma vez que a política abarca todas as relações sociais. Desde as interpessoais até as de decisões que impactam em milhões de pessoas. Mas, e a política pública? A política pública é a feitura de uma ação política para uma população. Para um povo. Para uma comunidade. Assim sendo, mister se faz que o diálogo seja ainda mais ampliado. Ampliado e distribuído o diálogo em todas as áreas de todo o governo. A escuta da vo do povo é situação sine qua para que a ação receba o nome de Política Pública. Uma vez que o povo e a população são mais do que equivalência semântica ao
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Se meu filho morresse aos sete anos. A dor de Lula. Morreria parte indissociável de mim. Focaria um espectro de homem no mundo. Com menos amor. Com menos sonhos e bom menos sentido à vida. E se fosse seu filho? Se fosse seu filho você também, independente da sua religião, do seu time de futebol, da religião e até da sua posição é condição social. Mesmo que sejas um grande contraventor é irregular com a legislação, também sentiria o peso daquela pele meiga e daquele abraço inocente. Mas, não foi meu filho quem morreu, nem foi o seu, foi o neto de Lula. Foi o neto que ele amava e que muitos dos tementes (ou melhor, dementes) a um Deus, que não é o que tem amor no coração reverência, riu e aplaudiu. Os procuradores da força-tarefa da lava-jato aplaudiram e riram. Tiraram sarro. Isso junto a uma horda de juízes justiceiros assinaram embaixo do que podemos denominar de Poncio Pilatos. Nesta semana passada passei um fim de semana trabalhando numa aldeia e tirei uma foto com uma ind
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“- Jocivaldo, escreva fácil. Escreva para um estudante médio do ensino médio brasileiro.” Assim me dizia meu orientador. Regi era implacável com meu parnasianismo. E eu, continuava tentando ser o mais próximo possível do que ele queria. Até que num dia, como todos os pesquisadores orientados, pensei: - vou mandar como tiver. Goste ele ou não. Assim o fiz. Na apresentação eu tirei a nota máxima. Quando fui assaltado e perdi um capítulo quase completo de minha dissertação, ele me consolou dizendo: “- veja se na próxima salva os arquivos em algum local. Mas, não vai ter tanto tempo para refazer não. Semana que vem eu quero parte do capítulo pra avaliar”. Pois bem. Assim, fui aprendendo a trilhar a academia. 26 de agosto de 2019, dia em que a tertúlia deve está sentada no panteão para escutar o douto filósofo brasileiro de origem polonesa. Entre uma conversa e outra ele dizia que era bom de tiro também. De tiro eu não sei, mas de ciência, ah! Isso era. Reginaldo Moraes aparentava te
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Quem crê em Bolsonaro não pode crê em mim. Só o amor me serve. Se saia. Respeito quem votou no coiso. Respeito por diversos motivos. Mesmo porque o voto à ele ocorreu por diversos motivos também. Mas, quem acredita nas ideias dele não pode acreditar nas minhas. Agradeço alguns convites, mas, não precisa de dividir uma cerveja comigo e muito menos um diálogo. Não se educa a maldade de ninguém e nem o ódio. Educa-se equívocos, jamais as crenças. Gente que eu achava que tinha amor e não tem não precisa de se esforçar para falar comigo ou se aproximar. Não quero. Não dividirei meu tempo com gente ruim. Gente que está para além de um presidente representado somente. Gente que acha que quilombola se pesa em arroba, que Indio não precisa de terra, que pessoas em situação de ruas precisam de ser banida e que bandido bom (se for preto e pobre) é bandido morto. Mas, se for bandido branco é rico é bandido que merece financiamento do Estado e representar o Estado sendo eleito. Meus irmãos,
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Uma panelada tupiniquim Panelada, entre os meus se trata de uma comida. Pode ser uma comida “com tudo dentro”, mas também pode ser comer muito. Panelada, entre eles, eram os objetos jogados nos escravizadas por algumas senhoras e senhores brancos na época da escravidão quando não gostavam da comida e quando estavam com raiva. Podia ser a panela cheia de comida quente ou vazia. Poderia ser quente para despelar a pele do escravizado também. Ah! A raiva poderia ser de crianças de 5, 6 ou 7 anos também. A gente preta não era e te. Se lembram! . Ah! Não era panela de aço e nem emitia som ao toque da colher. Mas, com o aço, quiçá,  se tenha nascido, através do processo de justaposição com a palavra aço, a palavra, panelaço. Panelaço pode ser a junção da palavra panela com a palavra aço? Não. Semanticamente não se percebe pelo resultado visto socialmente. Ela se aproxima ao som estridente do contato com o talher. De 2013 pra cá no Brasil, este som tem saído de prédios dos bairros ond
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Os periféricos das mentes Habitantes da periferia dos nossos pensamentos não ocupam a centralidade em nossa ação diária. Sim. A parca incapacidade de compreender a dinâmica organizativo das juventudes e o preconceito que alardeia os quefazeres para esta categoria social faz com que muitas pessoas promovam ações de tutelamento, controle e encarceramento de sonhos, vontades e desejos deste público e ainda alardearem que atuam com a perspectiva da inclusão juvenil. Em especial falo sobre os deserdados da terra que são os jovens empobrecidos e com recortes outros que os coloquem na interseccional com as somas dos rejeitos. Pretx, mulher, Lgbtqi+, rural, periférico... são as somas que fazem de alguns jovens ocuparem o lugar da pena, e do medo mais ainda, quando se trata de ações de alguns “bons do mundo”. O medo dos corpos destes superam a ideia de filantropia por estes sonhos. Neste espectro, em que o medo sempre vem abrindo alas para as ações de “recuperação, reinserção e profila
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O Rio e seu percurso Há anos que ele segue. Dezenas, centenas, milhares, milhões de anos. Faz tempo. A água em diálogo fraterno e persuasivo com a água foi fazendo o caminho para este rio ser este rio. Grande e pujante. Além de belo. Nosso maior exemplo de perseverança. A sonoridade ao tocar a pedra cria um ar de paz e tranquilidade. Mas, nem por isso o rio para de correr e persuadir a pedra. A tranquilidade não lhe é a certeza de que está tudo bem. Vive o rio numa espécie de vigilância constante e avanços táticos dos seus espaços. Segue o seu percurso sem saber até onde vai. Mas, ele vai. Vai forte e potente. Tão potente que ocupa espaços antes ocupado por pedras. É isso aí... Água mole e pedra dura tanta bate até que... rio. Rio tanto que me torno admirador do Rio. Jocivaldo dos Anjos 16/08/2019
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A Pedagogia da escuta Tem me sido estes dias, dias grandes. Dias em que a agenda de trabalho me possibilita a escuta. A escuta de uma categoria social pouco escutada. Falo dos jovens em Processos educacionais da Bahia. Não sou somente eu quem pratico esta grandeza que é escutar. Mas, muito mais gentes que constitui com estes e estas alunas a ideia de sujeitos. Ninguém é sujeito sem falar e ser escutado. Escutei em São Desidério uma líder de classe dizer que orientou um professor a deixar mais prazerosa a aula de matemática a partir de uma indicação da mesma em este educador utilizar o livro O homem que calculava. Escutei de outra jovem em Barreiras que mesmo diante das dificuldades fará universidade pública a partir do ano que vem. Vi um grupo de atores encenando peças teatrais com empolgação tamanha . O mais velho tem menos da metade da minha idade. Outro disse sobre como as aulas de biologia ficaram interessante. Sonhos. Vi muitos sonhos. Numa mesa em que fiz parte escutei
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Domingo, dia do senhor? Lo siento. Pero, no más “Domingo quero te encontrar e desabafar todo meu...” esqueça o querer. Domingo não é mais dia disso. Cresci ouvindo este pagode. Muito bom. O que embalava o pagode de mesa e fazia os corpos bailarem e amores surgirem. No final da década de 90 era assim é ainda hoje este pagode ainda faz sucesso. Ah! Domingo é um dia tão do senhor, como diz nossa língua mãe, a latina, que o grupo Titãs cantarolava assim: “não sei o que fazer. Não sei o que fazer. Eu saio por aí, sem ter aonde ir”. Bem, as letras destas músicas precisam de serem reorientadas para 2019. Já não cabe mais. Ontem, dia 14 de agosto de 2019, a câmara dos deputados do Brasil aprovou a Medida Provisória da Liberdade Econômica. Desta forma, os cantores precisaram de fazer canções para que o local de trabalho seja um local de piscar os olhos para a paquera e retornarmos um pouco mais no tempo para simbolizar os encantamentos do amor. Porque, se passar pelo Senado, e tem muit
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O princípio beligerante da segurança pública brasileira “Tropa de Elite osso duro de roer pega um pega geral, também vai pegar você ” assim, com este enredo, o filme Tropa de Elite fez sucesso nas telinhas brasileiras. O Tropa I e Tropa II trouxe à tona uma realidade vivida das favelas cariocas às salas do congresso nacional. Demonstrou que a oficina (não a do diabo, mas a de conserto de carro) expressa o que chamamos de milícias. Apontou que se 01 não aguenta tem de pedir pra sair. Pois, 02 e 03 estão na fila. Ainda explicitou que capitão Nascimento não é capitão América e que... tergiversa quando cansa. Mas, seu autor... ah! Seu autor este também se curvou ao ódio. Mas, ele não vem ao caso agora. “ - Ele não fez nada. Era trabalhador, só estava passando aqui porque é o caminho da casa dele...” brada uma. “- meu filho era estudante. Era despredicativa o sujeito desencarnado. “- Estava com a roupa da escola. Não sei porque fizeram isso, meu Deus!? Indaga outra.” A terceira, a
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Pães existem? Para valorizar socialmente o papel das mulheres que criam os filhos sem a ajuda do genitor foi-se criado este neologismo pães. Para significa pai e mãe. Parte da sociedade achou legal o nome no sentido de reconhecer a labuta de mais de 30 milhões de mulheres que chefiam lares no Brasil. Ao perceber a armadilha do nome ajuntado com a responsabilidade dos homens que deveriam ser pais e não somente produtores, algumas mulheres com a contribuição de pesquisadoras e pesquisadores da área refutou a proposta de alteração linguística. Afirmam estas que ninguém toma o lugar de ninguém. Que a mulher continua sendo mãe e o genitor não chega a ser pai. Porque, caso usemos isso a partir da lógica do amor, silencia a linha racional e legal que cobra de quem produz o filho também o crie. O debate é profundo é necessário. Mas, por que se tratar sobre este tema? No dia dos pais devemos falar dos pais ausentes e dos filhos e filhas que rogam nas escolas para que esta data não sej
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Sentindo o gosto do cocô O Brasil acorda neste sábado, 10 de agosto, do calendário gregoriano, sentindo o gosto do cocô. Aliás, desde antes já se sentia um azedume fétido exalado pela boca que suporta os 32 dentes e estes ajudam as papilas gustativas a sentirem os sabores dos alimentos. Mas, é a bosta? Deve ter gosto de que? Mas, entre comer bosta e falar nossa deve de haver alguma diferença. Quiçá, neste dia, que viu Luiz XVI ser preso na França e também viu seu Museu de Louvre ser inaugurado, algumas pessoas, mais perspicazes devem se perguntar sobre o que ocorre no Brasil. Um país em que a sugestão de melhoria ambiental orientada pela exposição do chefe da nação é sugerir que as pessoas caguem menos. Ou seja, se cagou ontem agora espere para cagar amanhã. A extração fecal a partir do canal não pode ser contraída diariamente para não causar danos ambientais. E, se morrer enturido também pode ajudar com a adubação do solo e assim termos um ambiental mais saudável. Parece que
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O problema do Brasil não é só Bolsonaro O maior problema do país é um presidente que não sabe governar. Óbvio. É um chefe de Estado que oscila entre um comunismo inexistente um ufanismo bravateiro e um fascismo ululante. Pois, função preciosa de um gestor é a busca pela construção e manutenção da paz. O que o presidente brasileiro odeia é a busca da paz. Mas, mesmo com tudo isso, temos muito mais problemas do que ele somente. O Brasil, possui ainda, querendo os bons ou não, a ideia do jeitão e do jeitinho, que Chico de Oliveira fez texto. (Muito bom por sinal). Mas, tem muito mais também. Cantores que somente sonorizam uma melodia inexistente para não falar palavras como Iemanjá e Candomblé, por conta de suas professadas religiões, não é menos pior do que um presidente que homenageia torturador, um juiz da justiça (Moro) que diz que as mulheres sofrem mais violência porque revidam e cobram mais direito. Não são. Posturas como as das cantoras Simone e Simaria e do cantos Xandd
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Lave os caminhos da preta, lágrimas Muita gente chora. Mas, tem gente e tem choros que têm maiores relevâncias para as lágrimas que exalam para exaltar que há espaços para serem molhados, limpos e lavados no trajeto. Gente preta tem sido acostumada a chorar pelo enterro dos corpos pretos,  ainda jovem, ceifados porque há uma necropolítica a orientar um país  que a cada 23 minutos no “cancela um CPF”. Assim dizem alguns, ao deparar ou fomentar a morte de um “mala-suja, que precisa de ser celebrado o grande feito.. Mala-suja não é necessariamente o mala-suja. Mas, se trata do mala suja que suja a terra com a cor. Há muitos malas que nem são malas. São mochilas que andam nas costas dos que apontam para o mala, já sem CPF, e ri como se o corpo estendido no chão fosse a figura de um gol. Disse o poeta em antanho. Mas, perambulei o preâmbulo do texto com este tipo de choro só para explicitar um tipo que aflige. Mas, contrariando as objetividades textuais, este tratará de outro modelo