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Mostrando postagens de março, 2022

Uma ouvidoria que fala

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Uma Ouvidoria que fala. É no diálogo que as pessoas se fazem gentes. Esta máxima foi proferida por um dos maiores seres humanos que habitou esta terra e fez morada sobre ela. Não sob. Porque alguém da estatura de Paulo Freire não sucumbe com a despedida carnal. Ele é eterno e libertador para além dos tempos. Aproveitando Freire e sua defesa incansável do diálogo, aproveito para falar sobre o papel da Ouvidoria. Local de gestão que ocupamos neste momento. E, com este título sugestivo, um título que nos orienta a não ser o muro das lamentações, tampouco um local de oitivas, tão somente. Ou como é dito no popular no setor, "resolvederia". Mas, um lugar que deva servir para orientar e aprimorar os diálogos e conhecimento. E, sendo a segunda instância, uma vez que na primeira não se resolveu, a ouvidoria é um local de resolver o que a primeira instância não conseguiu cumprir sua função estratégica. Superar a ideia de que a Ouvidoria serve somente para prestação de queixa

Idosos e crianças são semideuses

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Idosos e crianças são semideuses Semi é uma especie de quase. Nesta acepção acima, um quase Deus. E, relacionando idosos e crianças, o quase é um todo. Explico. Um viu quase nada da vida. Por isso não sabe das dores e dos amores reservados. Não sente medo, angústia, decepções. Somente têm sonhos. As vezes. Acha que o perdão é uma constante e todas as pessoas são boas. Todas as pessoas. Não sente medo e nem sente raiva. Expressa seus dessabores pelas lágrimas. E ao expeli-las com elas também se vão os mais sentimentos. Tenho desconfiança da existência do amor em pessoas que não se alegra ao ver crianças. Por seu turno, aqueles e aquelas que já viram quase tudo, que já estão no terceiro turno da vida, por ter visto quase tudo, compreendem que é precisa calma. É preciso escuta. É preciso cuidado. Parcimônia. Entendem já que o poder bom é aquele que eleva a alma. Entendem que os segredos são importantes nas relações, porque eles geram confianças. (Não é à toa que os avós dão dinheiro

Servidor público não tem de ter empatia

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Gestores públicos não precisam de ter empatia Estamos no tempo do modismos pelas palavras. Elas correm solta às bocas miúdas, e grandes, muitas vezes de forma descontextualizadas e incoerentes. Especialmente as da moda. Por se falar em moda e incoerência me valho da palavra que qualifica o título deste texto: a empatia. Empatia é a capacidade de compreender emocionalmente um objeto. Tratá-lo a partir das condições psíquicas e comportamentais do indivíduo que a projeta. Ela, portanto, revela um traço da personalidade daquele sujeito acerca de assuntos, coisas, pessoas… uma decisão pessoal e unilateral. O uso desta palavra em contextos onde ela não deveria existir tem contribuído para o desgaste da mesma. Não é o uso que a fortalece, mas, o mau uso que a deteriora. Usá-la em repartições públicas para qualificar o sujeito atendente, servidor público e portanto gestor de tal política a qual representa, como um bureaucracy street-level (burocrata a nível de rua) é um equívoco. Mas, n