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Mostrando postagens de março, 2021

De homem para homens

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  De homem pra homens Caiu uma através do martelo que deveria fazer a casa. Foi mais outra com a faca que fazia a comida. Mais outra com as mãos que acariciava... outra com a arma, que pra nada serve. O que há de intersecção nas armas usadas são ideias que sobrepõem as armas é a ideia do controle. O controle dos corpos delas. Está demais.  A ideia de deixar de amar ou não sentir-se atraída mais por nós não faz parte dos direitos de muitas mulheres mais. O privilégio do uso de corpos femininos, mais de um via de regra, se tornou num direito. Direto atestado pela horda machista que premia o macho que não suporta ser macho sem agredir a fêmea. Matamos.  O feminicídio se trata de uma das piores Chagas experimentadas em nossos tempos. Nos disseram em algum momento que os varões possuem a propriedade dos corpos das damas. E, desta forma, as coroas das damas vivem em nossos bolsos e sobrevivem em corpos amedrontados. Devemos ter coragem de dialogais sobre isso entre nós. As mulheres já fazem

A solidão do ensinante

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  A solidão do ensinante  O ensinante é um ávido pela aprendizagem do aprendente. Orientado pelo compromisso de ensinar ele se prepara. Organiza o que dizer, estuda, diz e quer aferir. Gosta de ver o aprendente aprendendo. Tirando dúvidas e indubitavelmente com o aprendizado realizado. O ensinante é um sonhador. Tem no sonho maior o aprendizado  do aprendente. Mas, ultimamente... Ultimamente desejo coragem ao ensinante. Desejo resilir. Desejo residir na certeza do aprendente. Desejo coragem em frente ao ensinante. Aliás, desejo o aprendente em frente ao ensinante. Ultimamente o ensinante está se sentindo sozinho. Seus quase 300 aprendentes estão sem olhos que marejam de alegria, sem voz discordante ou concordante, estão até sem rosto. É. No remoto não se vê os aprendentes muitas vezes. Muita coisa rodeia a vida do ensinante e do aprendente. Dentre estas o direito de imagem, o direito da câmara fechada, o direito de se quedar calado... o direito. Só não queda o direito do riso e do abra

Já cansou da Covid? Ela não.

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  Já cansou da Covid? Ela não  Ela não cansou de levar gente. Não cansou de causar tristezas. Não cansou de lotar hospitais. Não cansou de não deixar gentes cansadas. Então, não faça com que as frases descanse em paz sejam mais faladas ainda.  Mortes, muitas vezes, são evitáveis. Às vezes não é Deus que quer, mas, homens e mulheres. Mortes, às vezes, são decisões políticas. Políticas dos políticos e políticas dos homens e mulheres normais. Os chamados civis. Todo ser humano pode ser melhor. Mortes são evitáveis. A paciência em suportar um pouco mais é um estímulo à não ser o paciente que não conseguiu esperar a UTI. Ou que na UTI não conseguiu esperar a melhora.  Tudo isso no Brasil ocorre sob uma assombração. Uma assombração que nega a existência da doença. Nega que estamos no pior momento da pandemia e num dos mais delicados da história do país. Ainda mais: aciona a justiça contra os que tentam conter a doença. Ele parece incansável. Não se cansa de contar corpos e dizer que não está

A EDUCAÇÃO NA PANDEMIA E O DESAFIO DO ADULTISMO

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  A EDUCAÇÃO NA PANDEMIA E O DESAFIO DO ADULTISMO Dialogando com minha psicóloga sobre a vida na pandemia eu falei sobre o quanto tenho aprendido com meus filhos durante a pandemia. Ela, que também tem uma filha de seis anos, me disse também que aprende com a filha dela. Aprendemos inclusive as mesmas coisas: usar barba, Chapéu e batom pela plataforma zoom, ensinado pelos filhos. Somente neste período há duas importantes aparições de carência, necessidade e, porque não dizer, fraqueza do ser humano. Falo de duas. Mas, pode ter mais. Aliás, têm muito mais.  Delas, uma é a nossa necessidade de ter acompanhamento psicológico, pois ajuda a refletir melhor a vida e entender os fenômenos que ocorrem conosco. Principalmente durante a pandemia. E, entre nós, homens negros, heteros, roceiros se trata de um avanço existencial. A gente com estas características, cujo o machismo e o sexismo orienta se trata de uma necessidade de desaprendizagens.  O segundo tópico necessário no período é sobre o q

Lula, o pacificador

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  Lula, o pacificador Fervilhavam nomes na esquerda. De governadores a ex-prefeitos o sonho de ser o nome do maior partido da América Latina, o PT, à candidatura à presidência da republica em 2022. As apostas iam migravam desde a representatividade e o “identitarismo” até a candidaturas mais “concorrentes” como nomes já testados nas urnas. Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e candidato na eleição passada se destacava. Mas, ainda era um jogo. Muitos outros corriam por fora. Inclusive aqui pela Bahia. E corria bem. Para além do PT, o PC do B também tinha nome. Flavio Dino, governador do Maranhão, estava muito bem cotado em ser ele o nome da esquerda para as eleições de 2022, ou a própria Manuela Dávila, Vice ca ndidata de Haddad em 2018. Guilherme Boulos, PSOL, que foi candidato à prefeitura de São Paulo e foi muito bem votado também se figurava. Isso tudo antes do dia 08 de março de 2021. Não. Não foi o dia da mulher e as esquerdas decidiram reconhecer a importância e a necessida

Há um mal-estar na civilização brasileira

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  Há um mal-estar na civilização brasileira  Não sei se tínhamos nas terras tupiniquins uma civilização com a consciência que achávamos. É que a gente confunde, é muito, religião com espiritualidade. Dizia o velho Freud que “é difícil escapar a impressão de que em geral as pessoas usam medidas falsas, de que buscam poder, sucesso e riqueza por si mesmas e admiram aqueles que têm, subestimando os autênticos valores da vida”. Temos uma família com referência de bem sucedida na vida brasileira hoje. Seja por vendas de chocolate ou seja pela iluminação de cargos eletivos. Eles são a referência.  A referência refere-se ao direito. Ao direito sagrado de matar. Eles não apenas matam. Ocupam as ruas pelo direito sagrado de matar. Este direito de matar está acima do direito dos outros viverem. Vale o gozo de quem tem e não pode perder. Os que não tem e somente tem a vida por maior patrimônio que isolem-se. Não em casa. Mas, num leito (de ainda achar) ou num caixão encadeado e vedado para  o che