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EM SALVADOR, QUEM SALVA A DOR?  Relação sobre a escalada da morte de jovens negros em Salvador – BA e o aumento das igrejas evangélicas nas periferias da cidade.



60 por cento dos jovens de periferia sem antecedentes criminais
Já sofreram violência policial
A cada quatro pessoas mortas pela policia, três são negras
Nas universidades brasileiras
Apenas 2 por cento dos alunos são negros
A cada quatro horas, um jovem negro morre violentamente
Em São Paulo
Aqui quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente.
)
Racionais MCS. Capitulo 4, versículo 3.
.



Na cidade de Salvador, primeira capital do Brasil e sempre da Bahia, seguindo uma tendência nacional cresce “assustadoramente” o número de igrejas evangélicas nas periferias da cidade. E, ainda seguindo um alinhamento do Nordeste apresenta números alarmantes da mortandade por Armas de Fogos de toda a população, com destaque para a letalidade que vitmiza a juventude residentes e domiciliados nas periferias das cidades, negros e com grau de instrução baixo. Este somatório de características orientam a narrativa de constituição de saídas imediatas para o problema da segurança pública. Assim, um retorno a indulgencias - da Idade Média - se faz presente e necessária para poder “garantir” o sonho das pessoas que até o sonho se torna algo tão distante que deve ser limitado às condições objetivas da vida. Neste bojo, a presença de quem prega a pobreza e a dureza aqui na terra é um atributo consolador quando se dá a passagem para o plano superior.  A morte é a conquista do paraíso, o descanso eterno e achegada até à presença do senhor. – Me alinho aos que preferem o cansaço terrestre e o gozo neste paraíso imperfeito.

Este breve texto, a partir de uma leitura crítica do Mapa da Violência do Waiselfisz, não tem a função de debater ou apresentar estudos sobre a escalada das igrejas evangélicas nas periferias de Salvador ou apresentar seus influenciadores e condicionantes. Tão somente pretende expor os dados do Mapa da Violência na Brasil e o tamanho, estrondoso, no município de Salvador e Região Metropolitana - RMS. Mas, também justo se faz apresentar algumas saídas que as pessoas das periferias têm vislumbrado enquanto possibilidade de diminuição da dor que estes fenômenos encerram em suas famílias. E, destes o que se coloca mais forte é a presença das igrejas evangélicas, que atuam na perspectiva de consolação, aceitação da situação e promoção da certeza da cura da alma. Mas, alma tem cura? Josué de Castro afirma que após muito sofrimento, o mesmo acaba por naturalizar-se e doer menos nos corpos que Foucault problematiza ser os corpos controlados pela subordinação às ideias. (Vigiar e Punir- 29ª edição – 2004).

DA PESQUISA

Desde o ano de 2006 é realizado no Brasil, pelo pesquisador da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais - FLACSO, Júlio Jacobo Waiselfisz, o Mapa da violência, com o propósito de expor o nível de violência no Brasil a partir de quatro indicadores: mortes por armas de fogo, acidentes, suicídios e no trânsito. Este estudo tem por finalidade não somente expor que o Brasil é um país altamente violento, mas também de demonstrar a necessidade de se construir políticas efetivas que dêem conta de resolver este problema, ou no mínimo mitiga-lo. Imaginando que ele ocorre em um país, cuja tradição da impunidade, herdada, orienta que “ a violência é tolerável em determinadas condições, de acordo com quem a pratica, contra quem, de que forma e em que lugar”. Imaginemos ser preto, empobrecido, morador da periferia e alvo do aparato estatal num lugar que recebe esta orientação de atuação.
O governo brasileiro, a partir de 2003, reconhecendo este enquanto um problema crônico tomou algumas providencias para uma tentativa de diminuição da mortandade: Aprovou o Estatuto do Desarmamento, a Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que autoriza que cada cidadão maior de 25 anos possa ter, justificando, até seis armas de fogo.
A quem a sensibilidade toca, permanecer sentado mister se faz:  Entre os anos de 1980 e 2012 a população brasileira cresceu cerca de 61%, conforme o estudo de Wiselfisz. Neste mesmo período as mortes matadas por armas de fogo cresceram 387%, e entre os jovens foi de 460%. - Para diminuir o susto aos pretos da periferia de Salvador, ainda não apontamos estes recortes outras questões correlatas... De território, cor etc. É que a academia comprovou e orienta que em doses homeopáticas as dores são mais suportáveis e aceitáveis. Tipo: “ se se jogar um sapo numa panela de agua quente ele pula, mas se jogar numa panela de agua fria e ela for esquentando, o sapo morre sem perceber”. Devido a aceitação continua, processual e imperceptível. Não que academia tenha me convencido sobre esta teoria, mas é que também sou preto, pareço jovem ainda e me aparento com os “marcados para morrer”. Isso choca.
Dentre as ações que o governo tomou para esta diminuição merece relevo a estratégia do desarmamento, pois, assim, conforme comparativos de tendências de crescimento anual de 7,2% pré-existente, registrados entes de 2003 e o registro de uma queda de 8,2, pode-se afirmar que o desarmamento impactou numa queda de 15,4% de diminuição dos números de mortes matadas por arma de fogo no Brasil.
Conforme os estudos do Mapa da Violência estima-se que há no país cerca de 15,2 milhões de armas de fogo nas mãos privadas; 6,8 milhões registradas; 8,5 milhões não registradas e dentre estas 3,8 milhões estão em mãos criminosas.
Entre os anos de 1980 e 2012 no Brasil foram mortas 880.000 pessoas vítimas de disparo de armas de fogo. Se em 1980 o número era de 8.710 em 2012 sobre para 42.416, este número chega em 2012 com um acréscimo de 387%. O que mais drástico ainda se mostra quando fazemos o recorte etário. Pois, em 1980 a população entre 15 e 29 anos contou com 4.415 vitimados. Em 2012 passa para 24.882. Aumento, portanto, de 463,6%. O que demonstra que ter idade entre 15 e 29 anos no país é um fator de risco.
Quando se analisa as mortes provocadas por armas de fogo estes dados sobem para 556,6%. Enquanto 49,8% por mortes acidentais reduziram para 26,4% e casualidade indeterminada (suicídio, homicídio ou acidente) caiu 31,7%. Se no geral os dados demonstram que o crescimento de 164%, - o que já é absurdo-, entre os jovens, a morte causada por homicídio cresceu 655,5% e acidentes e suicídios caem -23%, -2,7, -24%, respectivamente. O homicídio é a maior causa de morte entre os jovens e contando com um preocupante crescente. Com destaque para os jovens com idade entre 19 e 20 anos que se encontram no topo da triste e fria lista.

SE NO BRASIL É BRABO, NA BAHIA HÁ POUCA BIO...

Nos Estados de Rio e São Paulo ocorreu diminuição no número de homicídios (58,6% e 50,3%), respectivamente. Na Bahia os dados apresentam uma subida, apresentando aumento de 148% entre 2002 e 2012. Vale ressaltar que merece estudos para a percepção sobre o comportamento da população carcerária nestes Estados. Entre 2002 e 2012 o Brasil aponta crescimento de 8,6%, enquanto a Bahia é de 14,1%. Mais do dobro, portanto.
A taxa de óbitos por 100 mil no Brasil, em 2012 – população total- foi de 21,9 e na Bahia é de 36,3. Entre 2002 e 2012 o Estado cresceu 133,4% enquanto o Brasil apresentou 0,5% de crescimento. (Fonte SIM/SVS/MS).
No ano de 2002 a Bahia possuía uma taxa de óbito de 15,6 por 100 mil habitantes, ocupando, portanto, a 15ª posição. O Estado evolui para o 4ª lugar em 2012 com uma taxa de 36,3%.
Os dados acima são dados gerais, vejamos então entre o público de 15 a 29 anos, a juventude baiana. 2002 eram de 1.290 e chega em 2012 com 3.262. Uma subida de 152%. E para esta mesma faixa etária no Brasil foi de 10,7%.
A representação juvenil na população nacional é de 29%, entretanto concentra praticamente a metade das mortes por arma de fogo. Em 2012 a taxa global foi 21,9, entre os jovens foi de 47,6.
No ano de 2012 o Brasil apresentou 47,6 por 100 mil enquanto na Bahia foi de 81,8. Se em 2002 a taxa de óbito na Bahia, entre os jovens, era de 32,3%, ocupando a 14% posição, este número chega em 2012 a 81,8 e chegando a 4%.


E EM SALVADOR É MUITO SALGADO...

Para se medir a dose do remédio é necessária se perceber o tamanho da dor. Quando a dor beira a insuportabilidade o remédio já não apresenta condições de cura, mas sim a cirurgia e uma busca por algo que se não cura, promete a cura. Assim se torna mais suportável a dor.
Ao se estratificar o número de mortes matadas por armas de fogo no Brasil, temos no período de 2002 a 2012 uma forte escalada dos números do Nordeste e Norte e uma queda no sudeste com destaque para Rio e São Paulo, pois Minas Gerais apresentou aumento.
Entre as capitais, em números absolutos Salvador foi a 2ª capital em que mais se morreu gente por arma de fogo em 2012. Foram 1499 pessoas, ficando somente atrás de Fortaleza, com 1724. Apresentando entre 2002 e 2012 um crescimento de 58%.
As capitais brasileiras possuem 46,2 milhões de pessoas, 23% da população, dos 194 milhões de pessoas em 2012 no Brasil, estimadamente. O número de vítimas por AF foi de 34,8%, bem acima do crescimento da população existente. No entanto, ao se tratar da cidade de Salvador, capital da Bahia, este crescimento foi ainda maior, chegando a 47,2%. Em 2002, Salvador possuía uma taxa de 37,6 e ocupava a 9ª colocação. Em 2012 sobre para 55,3 subindo para a 4ª posição. Somente três capitais são mais violentadoras do que Salvador: João Pessoa com 67,9, Fortaleza com 69,0 e Maceió com 79,9.  Contraditoriamente a Salvador e a região Nordeste as capitais apresentam uma queda de 1,6% em número de vítimas por AF. Apresentando, portanto, uma interiorização das práticas de homicídios. Entre as 11 capitais que mais ocorrem as mortes por AF oito são nordestinas. Ficando forma desta lista somente Teresina, capital do Piauí. A taxa de homicídios em salvador por AF aumentou 47,2%.
Se entre a população total as taxas de homicídios na capital apresentam queda de 11,5%, entre os jovens este número somente ocorre em 3,7% em relação à população total. Para os não jovens esta taxa foi de 31,2 por 100 mil, entre os jovens foi de 72,5%. Em Salvador a morte registrada por AF foi aumentada de 58,1%. E em 2012 somente ficou atrás de Fortaleza que teve 1.204 vítimas. Salvador teve 1.020. Tendo uma taxa juvenil entre 2002 e 2012 de 67,7 por 100 mil habitantes, enquanto no Brasil foi de -3,7 nas capitais. Com uma taxa em 2002 de 79,6 entre os jovens, Salvador estava na 10ª posição. Em 2012 este número salta para 133,5 passando para a 4ª posição. Salvador apresenta uma taxa de 55,3 para a população geral por mortes por AF. Entre os jovens este número é de 67,7. Entre as 10 capitais que mais jovens morrem por AF, sete são nordestinas.
O Mapa da Violência concentrou sua pesquisa em 555 municípios que apresenta população com mais de 20 mil habitantes. (2010 – 2012). Marcadamente se percebe a interiorização da violência em alguns locais com características de: Novos polos de crescimento; municípios de fronteiras; municípios do Arco de Desmatamento Amazônico; Município de Turismo Predatório e Municípios de violência tradicional. Ex.: polígono da maconha.
A capital da Bahia ganha mais relevo ainda quando se leva em consideração a sua região metropolitana. Pois, entre os cinco municípios com mais de 20.000 habitantes a taxa de homicídios por armas de fogo possui três da região metropolitana de salvador: Simões Filho, a mais violenta do Brasil, Lauro de Freitas, a 3ª e Mata de São João, a 5ª. Com taxas de óbitos de 130,1; 95,3 e 94,7, respectivamente.
Em se levando em consideração a população juvenil, nos municípios com mais de 15.000 habitantes, os municípios de Lauro de Freitas de Simões Filho ocupam o 2º e 1º lugar, respectivamente.

É PERIGOSO SER JOVEM EM SALVADOR

A população jovem compreende as pessoas que possuem entre 15 e 29 anos no Brasil. Quem tem menos de 15 e mais de 29 não se enquadra nesta classificação. Assim, esta população no Brasil está com aproximadamente 50 milhões de pessoas em 2012. Vale destacar que em 2012 no Brasil morreram 285% jovens a mais do que o geral na população. Ou seja, para cada um não jovem que foi morto por AF, foi morto perto de quatro jovens. Na região nordeste esta proporção sobe para 312,9%. A região que mais mata jovem no Brasil por Arma de Fogo é o Nordeste. E a Bahia mata mais do que a média nordestina ainda. Ostentando uma taxa de 342, quando a nacional é de 285. A Bahia somente perde para quatro Estados neste comparativo: Ceará, Minas Gerais, Amapá e Espírito Santo, o campeão.
Em 2012 na Bahia foi morto por AF 1.885 pessoas não jovem. No recorte de juventude, mesmo sendo menor a população, a mortandade foi de 3.262, apresentando para uma taxa de 100 mil 81,8 contra 18,5 dos não jovens. A juventude baiana possui uma taxa de vitimização de 342%. Ou seja, tem este percentual de chances de morrer por armas de fogo em relação à população total. Nacionalmente é de 285% a taxa de vitimização juvenil, com uma taxa para 100 mil de 12,4 de não jovem, 47,6 de jovem e em 2012 foi 17.534 mortes por AF de não jovens e 24.882 de jovens. Conclusão: há menos jovens na sociedade e mais jovens sendo enterrados.
Bem, se ser jovem no Brasil é mais perigoso, no Nordeste é mais ainda que no Brasil, na Bahia em maior do que no Nordeste e em Salvador ainda é pior do que em toda a Bahia. Em 2012 Salvador apresentou um número de 1020 jovens mortos para 479 não jovens. A taxa de não jovens foi de 24,6; para os jovens foi de 133,5. A vitimização de jovem na Bahia é de 442,8.

ÉS HOMEM? ÉS JOVEM? ÉS DE SALVADOR? LEVANTE O PUNHO CERRADO. Alegre-se por estar vivo.

No período de 1980 a 2012 o crescimento da mortalidade entre os jovens foi maior do que para o restante da população. Se entre a população total foi de 556,6%, ente a juventude foi de 655,5%. A idade entre 19 e 20 anos é a que apresenta taxa de 62,9 e 62,5, respectivamente para cada 100 mil habitantes. Entre a população total a proporção de vítimas do sexo masculino é de 94% para a população total e 95% para a jovem. Em 2012 morreram por homicídio 37.715 pessoas do sexo masculino e 2.332 do sexo feminino. 94,2 masculinos contra 5,8 femininos. Entre os jovens foi de 22.705 homens e 1.161 de mulheres, o que representa 95,1 e mulheres 4,9. Afirmando que no Brasil há um recorte de quem morre: home e jovem. Entre os seis estados que mais matam jovens homens cinco são nordestinos. A Bahia é o 4º. Entre a população que morre feminina a Bahia é a 5ª, com 4,0.

ÉS HOMEM? ÉS JOVEM? ÉS DE SALVADOR? ÉS NEGRO? Estas lendo isto? Tu contrarias a estatística.

Somente a partir de 1996 o Sistema de Informações de Mortalidade – SIM foi implantado no Brasil. Neste ano ocorreram 38.894 homicídios. Destes, somente 2.062, 5,3% tem indicação de cor/raça da vítima. Ou seja, 97% não têm indicação.
Entre os indígenas está a maior taxa de suicídio, com 6,6 no geral e entre os jovens 12,9 por 100 mil, em 2012. O suicídio entre os brancos no geral é de 5,6 e entre os jovens é de 2,3. Entre os negros no geral é de 1,3 e nos jovens negros é de 0,8. Parece que os negros não têm a chance do suicídio, são mortos antes que se possa pensar nesta perspectiva.
No ano de 2012 morreram 10.632 brancos contra 28.946 negros, o que representa 11,8 óbitos para cada 100 mil brancos e 28,5 para cada 100 mil negros. A vitimização negra foi de 142%. Duas vezes e meia a mais. A média geral nacional é de 28,5 por 100 mil em 2012 para a população negra, na Bahia foi de 41,7. A população branca nacional foi de 11,8 e na Bahia foi de 12,0 por 100 mil. Em números absolutos no Brasil houve homicídios de 10.632 brancos e na Bahia 370. Já entre os negros foi de 28.946 no Brasil e na Bahia foi de 4512. Há Estados mais gritantes. Em Alagoas e Paraíba a seletividade racial chega a ultrapassar 1.000%. Para cada 1 branco morto, morre-se 10 negro. Somente no Estado do Paraná morre mais brancos do que negros.
Na Bahia a vitimização entre brancos e negros foi de 217 brancos e 246,8 negros. A vitimização negra saiu em 2003 de 219,7 para 248,7 em 2012. Apontando que o que já está ruim, segue uma tendência de piorar.
No quadro nacional enquanto diminui entre a população branca a taxa de vitimização em 18,7, entre a negra subiu 14,1. A vitimização nacional é de 142,0%. Demonstrando que na Bahia tem taxas quase o dobro de vitimização. Em 2003 a taxa de vitimização que era de 72,5% em 2003, sai para 142% em 2012. Duplicando, portanto, a taxa branca cai de 18,7 para 14,1%. Há também seletividade nas políticas e seus efeitos.
No Brasil se morrem a cada 100 mil, 11,8 brancos no Brasil e 12,0 da Bahia, Estado que é o sétimo colocado. Entre os negros o Brasil apresenta 28,5 de negros e a Bahia 41,7, com uma taxa de vitimização de 248,7 contra 142,0 no Brasil.
Com uma taxa de 21,9 mortes por arma de fogo por cada 100 mil habitantes, ocupa 11ª posição entre os 90 países analisados numa pesquisa. Em números absolutos Brasil apresentou óbito em 2012 de 42.416 pessoas.

Foram poupadas 160.036 vidas por conta das ações de desarmamento do governo, demonstrando que desarmar a população traz efeitos positivos. Mas, a pergunta é: Estamos em guerra? “E você deve estar pensando o que é que você tem a ver com isso”
Assim, diante de tanta dificuldade de se entender a vida enquanto um, lugar de construção da própria vida, os lugares mais empobrecidos em que se situam os corpos que mais sofrem socialmente, há uma procura constante por algo que possibilita entender que apesar de tudo vale a pena continuar. Mas, continuar, não necessariamente, quer dizer acreditando na vida, mas sim em sua pós-vida. Diante disso a “venda” da idéia da vida após a morte ganha grande relevo e que a oferta, - igrejas evangélicas crescem de forma assustadora nas periferias da cidade. Para continuar a viver diante da dureza apresentada é necessário desacreditar na vida e colocá-la a serviço da pós-vida.


REFERÊNCIAS

1.    WAISELFISZ, Júlio Jacobo. Mortes Matadas por Armas de Fogo. Mapa da Violência – FLACSO – Brasil, SNJ/SGP, 2015. 





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