
SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA: A IMPORTANTE TRILOGIA
EMPOBRECIDA NO BRASIL ATUAL¹
Jocivaldo dos Anjos²
Qualquer
pessoa que compreenda algo, mesmo que pouco, sobre a Gestão Pública – como gestor
ou como pesquisador – ‘convivo entre os dois’, sabe que estas três áreas se trata
de campos estratégicos em qualquer unidade federativa de qualquer país no
mundo. Pois, são políticas de caráter universalistas e que atinge a todas as
pessoas em qualquer local do mundo indistintamente. Desde o mais rico ao mais
pobres estarão sob estas três políticas, que o Estado deve fomentar de forma isonômica,
para a promoção da harmonia social e garantia de direitos.
No
entanto, tristemente se percebe no Brasil da atualidade, a utilização
desajeitada, demagógica e descabida destas três grandes áreas da Administração Pública,
para não dizer emburrecida também, tem as colocado num local que elas não
mereciam estar: o lugar comum da boca de “qualquer um”. Não que qualquer um não
possa falar, mas quando o Um mais notável utiliza de forma irresponsável
contribui para deformar os outros uns.
Não
existe Estado sem segurança. Alias, quanto mais “seguro” for um Estado, com forças
armadas fortes e garantias individuais e coletivas garantidas, ele é mais
respeitado diante das outras nações e sua população sentirá também mais segura
no dia-a-dia; em se tratando de uma sociedade com valores democráticos garantidos,
é claro.
Quando
a saúde e a educação, políticas que garantem que as pessoas possam acessar os
serviços do Estado, a partir da garantia do filho da Socialdemocracia, Walfare State (estado de Bem-Estar
Social) e assim poder gozar do revestimento dos seus impostos em serviços, a
sociedade caminha a passos importantes e largos rumo ao que poderíamos denominar
de “sociedade desenvolvida”. Desta forma, percebemos que estas três macroáreas na
gestão de políticas públicas são um pilar de qualquer sociedade democrática. Mas...
Muita
gente no Brasil compra, desde antanho, camisas da seleção brasileira, que
ficaram manchadas (mesmo sem cair água sanitária diretamente no tecido) por, em
2013, as pessoas de forma cega, covarde e desvirtuada de um projeto de país coletivo,
plural e democrático foram as ruas. Isso deixou muita gente progressista (não
de partidos de esquerda, necessariamente) com vergonha de utilizar a camisa
canarinho. Nesta mesma pegada os termos Saúde, Educação e Segurança
experimentam o desgaste da propagação por vozes
lhanas de pusilanimidade informativa acerca do conceito dos termos.
Como
é sabido, de tanto uso demagógico dos símbolos nacionais, a exemplo do hino
nacional e da própria bandeira durante a ditadura militar, (1964 – 1985) muita
gente e movimentos que lutavam contra o regime pararam de entoar o hino tupiniquim
durante as atividades. O que se chama hoje de vergonha alheia. Naquele tempo a
bandeira e o hino dava vergonha em utilizar. De 2013 para cá a camisa da seleção
também foi pelo mesmo ralo e atualmente é a trilogia oca em vozes gagas que
tomam o espaço.
Sabemos
que com o tempo as palavras e termos mudam de valor semântico com o tempo, mas,
nestes casos não se é possível e desejável. Uma vez que precisamos de ter estes
espaços fortalecidos, reconhecidos e valorizados em qualquer democracia que
tenha no povo uma representação simbólica e real de valorização.
Poderia
até pedir para pararem de falar. Mas, não me parece de bom tom democrático. Poderia
também pedir para estudarem mais os termos para utilizar de forma melhor e mais
cabida. Poderia parecer arrogante. Mas, como se percebe que o uso que faço está
sempre no modo subjuntivo. No indicativo
eu indico que se aproximem do termo para que possam contribuir, inclusive,
com a defesa mais apropriada de suas posições ideologias. Não matem os valores
das palavras por maldade e preguiça. Isso é feio. Sigamos!
1.
Texto
reflexivo sobre o uso da trilogia saúde educação e segurança especialmente
pelos partidos da direita populista no Brasil em 2018 e 2019. 25/04/2019.
2.
Jocivaldo
dos Anjos e Especialista e mestre em Gestão Pública.
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