A ERA DO MEDO
A era do medo é estranha. Seria bem melhor se fosse verbo copulativo a substantivo. Deveria estar no passado esta era. Mas, não está. Era, apesar de se parecer com o passado, é. Inclusive nesta Era há questões tão antigas, que pareciam estar superados no mundo ocidental desde o iluminismo. Não está.
Na era do medo os trabalhadores que votaram no presidento ficam em casa com medo. Medo de os colegas rirem da cara e rechaçar. Possuem também medo dos seus pares que toparam eleger um presidento propositalmente sem propostas. Bolsonaro não enganou ninguém. - Eu li todos os programas de governo. Meu nível de formação, modéstia parte, não me permite qualificar os excertos espalhados e registrados do candidato vencedor pelo sufragiuo universal brasileiro em outubro de 2018, de programa de governo. Leiam e tirem suas dúvidas. Logo. Alguns “enganados” preferem uma descabida reforma do que escolher o lado da coragem e lutar pelos seus direitos. O medo cria outros medos. Só a coragem cura.
Na era do medo um Tribunal de Justiça julga um ex-presidente e segue o princípio constitucional brasileiro baseado no civil low (lei escrita) e faz arremedos de justificativas para uma soltura que a lei já prevê. Aliás, a lei não previa a prisão. Um certo repórter, liberal, qualificou a ação de justificar do Tribunal de Justiça brasileira em relação a soltura de Michel Temer, totalmente legal, justiça ajoelhada. O ex-presidente Lula, outro preso na era do medo, qualificou, quando de suas conversas vasadas por um tal juiz (que o prendeu e se tornou ministro da Justiça e Segurança Pública) de STF acovardado diante daquele crime contra a segurança nacional.
Na era do medo uma “pá de gente” vai às ruas contestar contra uma reforma da previdência, e desmandos de um governo desmandado, mas, orientado em seu propósito. O desmando é um proposito. Tal reforma tem a premissa de enriquecer rentistas e banqueiros e acentuar ainda mais o hiato entre super ricos e hiper pobres no Brasil. Neste evento, algumas pessoas, que acessaram nível superior e diversas melhorias sociais a partir do chamado por alguns de Capitalismo de Estado ou política keynesiana e o povão conhece como politicas sócias preferem e rechaçam o grito do #LulaLivre por conta de possíveis rechaços e ter a manifestação acusada de partidária. Existe manifestação apartidária? Das duas coisas uma: ou não se sabe o que é partido político ou não se sabe o porquê de estar na manifestação. E, defender a liberdade de Lula não é pauta de um partido político. Se trata de quem ainda preserva a tentativa de salvar a nossa constituição cidadã e seus derivativos códigos. Ah! Na era do medo é amedrontador ter um partido político. E, se este partido for da cor vermelha e tiver uma estrela o medo informa para se esconder.
Ah, senhores. A era do medo é azeda, é denominada (sem alma também), é cinzenta. Não ter cor na era do medo. Vive de joelhos sem rezar. Correm sem suar. A era do medo deveria ser a era do já era.
Precisamos de um tempo que esta era se torne num verbo de ligação. Representando um tempo passado. Tão passado que o oposto do medo florescerá como uma manhã de um amanhã. Coragem será o nome desta era. Enquanto a gente não a faz existir. Era continua sendo substantivo. 😔.

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