CONCURSADOS NÃO PRECISAM DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR?


11 de maio de 2019 deveria ocorrer um curso numa cidade do interior da Bahia sobre Educação não Racista em sala de aula. Baseados no princípio da lei 10.639/03.  Havia 25 vagas, 1 pessoa se fez presente.
14 de maio de 2019 ocorreu um curso sobre Redação oficial, promovido por uma Universidade do Estado da Bahia. Havia 25 vagas, 4 participantes na hora marcada, 6 pela manhã e 10 à tarde. O que há em comum entre o curso, que deveria ocorrer, na cidade do interior da Bahia e o curso ocorrido, mesmo que com menos da metade dos participantes, promovido para formar os técnicos do Estado sobre a arte da feitura de Redação oficial? Tudo. Há embutido nesta ausência um expressar sobre a negação da formação. Parece que formação não é importante para alguns técnicos que atuam na estrutura do poder público que adentraram via concurso público. Não todos e nem tudo. Explico.
Nos dois casos não se tratou de uma agenda alheia ao trabalho dos servidores. Todos seriam remunerados pelas horas que estivessem (ou estiveram no caso da universidade) em formação. Teriam a partir do curso conhecimentos necessários para um melhor quefazer em suas práticas diárias. Teriam interação e tiradas de dúvidas e, como sobremesa ainda teriam um papel chamado de certificado que vale muito numa sociedade “meritocrática” como a desejada pelos que entraram para o governo pelo “mérito”. Né?  - Parece que não inteligível ainda por alguns.
A inserção nas estruturas do Estado federado via concurso se trata de uma das possibilidades. A que garante estabilidade no cargo desde que não cometa falta grave e assim sofrer processo administrativo etc. o que raramente ocorre, mas há previsão legal de ocorrer. E, defendo que ocorra caso haja. Defendo da mesma forma eu defendo um Estado forte e inclinado para resolver os problemas sociais e cuidados com os mais necessitados. Com Democracia radicalizada e ações que preservem a equidade social.  Não entraremos no debate em querer criminalizar os concursados. Esta modalidade precisa de continuar e ainda mais, de ampliar. Mas, também não podemos negar que parece haver entre muitas pessoas concursadas a ideia da completude. Para alguns, parece que o aprendizado técnico para a aprovação na prova e o desenvolvimento do trabalho já conforma informações suficientes para tornar este servidor em completudes desnecessárias a ponto de perguntar afirmando: - “não sei pra que estes cursos”? uma pena. Já dizia o grande mestre Paulo Freire que ninguém está completo em sua formação e a continuidade desta deve servir para aprimoramento e melhorias constates da prática. Levantável. Mais ainda afirmo: servidor com incapacidade de desenvolvimento das atividades para as quais ganham, a partir do pagamento dos impostos, pela negação de se qualificar não merece ser removido. Merece sofrer processo administrativo e ser cobrado a sua apresentação de qualificação para tal cargo.
Sabemos todos sobre as diversas dificuldades pelas quais passam alguns servidores. Estas, que vão desde salários baixos em alguns casos até pouco incentivo a atividade formativa, planos de carreiras etc. mas, estas são justificativas para a negativa em se qualificar para prestar um melhor serviço ao público? Estas podem ser tangentes para continuação no século XX quando a sociedade já está no sec. XXI? Pode justificar, através disso, que não vale a pena se qualificar se isso não vai significar aumento imediato do salário? A justificativa não parece plausível para quem tem salários pagos a partir dos impostos da população brasileira e que, precisam de atendimentos de trabalhos qualificados. Formação e atualização acerca das temáticas são necessárias. É parte do trabalho. É a obrigação laboral. Não se trata de uma benesse para o convidador que deveria ser o convocador.
Atualizar-se não faz mal a ninguém. Faz bem para todo mundo. Principalmente para quem se atualiza. De nada. 








Comentários

  1. Verdade Josi, adquirir conhencimento é dar vida ao cérebro, quando participo de algum curso sinto-mim uma outra pessoa com um potencial bem melhor, é realmente muito triste a falta de interesse daqueles que deveria estar presentes e não compareceram.

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    1. Isso. Todos nós devemos estar sempre dispostos a aprender e nos qualificar mais, sempre. Abraço

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