Mel para as moscas
Vivo nos mortos que vivem na insensatez
Dos martírios dos vivos qual Cristo no calvário
Conflitos, resquícios, vícios diários
Vivo do inferno, que do céu já não há vez
Retiro das pedreiras o fel para o alimento
Da insônia; o sonho; da tristeza; a beleza
Da cobardia humana fico com a sutileza
Do reflexo quero a sombra pra refletir sombreamento
Se for vida ou se é morte, tanto faz pra covardia
Maviosos, mafiosos, estrelas D’alva à luz do dia
Clareando e ofuscando o matiz da liberdade
Da flor serve-me o espinho pra defesa pessoal
Qual condor que quer ter asas pra fugir do desleal
Quero a boceta de Pandora pra guardar as vaidades.
Jocivaldo dos Anjos, 22/04/2011
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