OU OUVE PAI E MÃE OU OUVE COITADO

Jocivaldo dos Anjos¹

Quando éramos crianças minha mãe e meu pai nos davas aulas de política sem saber. Muito menos eu. Nem sabia e ainda odiava a política. Todo mundo era ladrão para nós. Ainda hoje para muitos ainda é. Uma pena que assim seja. Tratava-se  de um tratado aqueles ensinamentos. Eles me diziam: quem não ouve pai e mãe ouve: coitado. Diziam-me que era para a gente ouvi-los porque ainda que fossem duras e azedas suas palavras era para pavimentar nosso andar e o nosso caminho com doçura e leveza a nossa vida.
Era um tratado da política porque era um dizer assim: -  quem viveu mais do que você sabe mais do que você. - Quem já passou por um caminho sabe mais do que aquele que não passou ainda. Quem viveu mais sabe mais do que quem viveu menos. Isso foi o que Nicolau Maquiavel disse para Lorenzo di Medici.

Pois bem. Não precisa repetir o já dito para se saber o seu significado. O já dito é o chão pisado do qual nos fala Maquiavel. Procuremos pisar em outros chãos se quisermos coisas novas. Se é que é possível de se falar em coisa nova na história política da humanidade. Mas, se formos passar pelos caminhos já passados devemos conversar, dialogar, aprender com quem já passou por eles. Saber se há atalhos. Se há pegadinhas. E, aprender com os ensinamentos. Pode abismos e campo minado. Aprender com as passadas de quem já pisou nos caminhos.
. Não se nega a política. Muito menos a história. Se a gente a negar ela nos mostra que existe. A gente é que tem de persistir sabendo dela. Não é tempo de choro. Nem ainda e não jamais. Ninguém ganha chorando. Poucos e poucas dxs grandes líderes celebram chorando. Saber dos nossos erros é importante. Saber dos erros que já foram cometidos por quem orienta nosso quefazer é mais importante ainda. Não temos tempo de vacilar. Nem pessoal e nem historicamente. Não adianta também querer pegar corria com quem está de avião enquanto a gente está de cavalo pé duro. Não adianta falar em radicalizar e ir “para o pau” se somente temos o “pau”. Eles possuem os canhões.
Retomando mais uma vez ao pai da política moderna lhes assevero: entre a arma e a razão a arma sempre vence. Vence e convence ao povo que eles têm razão. Logo, razão sem arma é irrelevantes. É uma emoção. Aos emocionados cabem as lágrimas, que de nada servem. Projeto de governo deve estar abaixo do projeto político. Tática abaixo das estratégias. Governos abaixo dos partidos. Emoção bem abaixo da razão. Refletir profundamente, usar as palavras a partir dos princípios da aritmética e de geometria é o imperativo.  O categórico. O nosso categórico. Política é uma ciência exata. Não repetirei o já dito e compartilhado, Mainha e Pai. Somente seguirei.  Usarei como lição. Lição das que não se deve esquecer. Ou ouve pai e mão ou ouve: coitado. Sigamos




1. Jocivaldo dos Anjos é militante do Partido dos Trabalhadores. jocinegao@hotmail.com . 05/04/18.

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