A política é a arte do diálogo. A política pública deve ser a do diálogo ampliado
Desde as antigas polis gregas se positivou socialmente que no diálogo, mesmo que naquele tempo de forma bem reduzida, a política deveria ocorrer. Neste período de tempo até os dias atuais se ampliou por diversas áreas a estruturação do diálogo enquanto princípio da política. Pois é nas escutas que se toma as posições mais coerentes. Uma vez que a política abarca todas as relações sociais. Desde as interpessoais até as de decisões que impactam em milhões de pessoas. Mas, e a política pública?
A política pública é a feitura de uma ação política para uma população. Para um povo. Para uma comunidade. Assim sendo, mister se faz que o diálogo seja ainda mais ampliado. Ampliado e distribuído o diálogo em todas as áreas de todo o governo.
A escuta da vo do povo é situação sine qua para que a ação receba o nome de Política Pública. Uma vez que o povo e a população são mais do que equivalência semântica ao se tratar deste tema. É a essência.
Estas escutas não são organizadas hierarquicamente ou linearmente. Elas podem e devem ocorrer ao mesmo tempo, como as aranhas constróem suas teias. Aliás, a “organização “ animal nos diz muito sobre como podemos nos organizar também coletivamente.
A estratégia de um governo é decidida pelo político. Nas democracias. Por quem foi eleito por sufrágio universal e tem a legitimidade de representar o povo. No entanto, antes de sua decisão a escuta e o diálogo popular é o que confere a república este título: o de coisa pública.
Momento crucial é a definição da estratégia de governo e de gestão e também o governo desta gestão e a gestão deste governo, a governança. A ampliação de técnicas para a chegada das metas e alcance das proposições é algo a ser visitado diariamente. Chamamos a isto de monitoramento. No entanto, ainda não é o suficiente estas técnicas para o alcance do êxito. Precisa de mais.
As áreas meios, chamadas de áreas táticas (que são táticas para a parte superior, mas, estratégicas para as inferiores) precisam de ter uma função proativa e dialógico em todos os seus setores. Até que isso “contamine” a um dos setores mais importantes para a chegada da política na ponta: o burocrata a nível de rua.
Se todas as partes de um governo tiver azeitada e o burocrata tiver azedo a política não acontece. Porque a ele cabe a última palavra com o receptor da mensagem: o povo.
De pouco ou nada adianta um governo dialogar na Natã, na flor, nos bastidores e está mensagem não chegar, sem ruídos, ao feitor da ação por último. Este último não tem a legitimidade do voto, mas, tem o voto da legitimidade conferida por quem teve a legitimidade do voto. Este tem a discricionariedade definidora. Queiramos ou não.
Imaginemos um grande plano de educação em que caiba elogios quanto à sua eficiência e eficácia. Onde as áreas todas dialogam entre si, inclusive o povo. Onde os recurso estejam todos destinados, as unidades escolares dotadas de infraestrutura, todos felizes pela sua feitura coletiva e objetivos, metodologias, resultados e indicadores com definições impecáveis. Agora, pensemos que os professores encasquetem e não topem o mesmo. Imaginou? Qual a possibilidade de efetivação desta propositura? Qual o alcance dos resultados desta grande ação? Pois é, os burocratas em nível de rua pode ser um aliado ou pode ser um perigo.
A coletividade e a vigília constante do que fazer (simbólica e pedagogicamente falando) desde conteúdos, métodos, pessoas e q própria concepção da política pública não é algo menor em qualquer área que seja. Estas partes meios ou táticas são as veias que ajuda o sangue a circular no corpo. É preciso projeto definido e coragem alargada.
Assim sendo, o diálogo entre as diversas partes e o pacto coletivo com as áreas dinâmicas táticas e os burocratas em nível de rua é o caminho. Não é um caminho. Não cabe a indefinição do artigo quanto a isso. Pois, gentes tem sonhos, lados e ações. Gente só não tem neutralidade. Desconfie daqueles que dizem que está em algum local por mérito e fará o que for definido pelo poder superior. É preciso envolver para ser envolvido. Se não há neutralidade na política pública entre as pessoas jamais há de haver. E, somente o diálogo ampliado é que faz a efetividade, o lugar da chegada, ser o planejado e sonho lugar que se quer chegar quando se organiza a partida. O diálogo, o projeto e a posição firme dos desejos do povo é a mãe e o pai do sucesso. Dialogus popularum. Sigamos!
Jocivaldo dos Anjos, 31/08/2019
Parabéns Jocivaldo.
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