PARAR DE ESCREVER PARA ESTUDAR
Semana passada eu dialogava com um amigo sobre escritas, qualidade, grau de profundidade, capacidade persuasiva epistemologias, dentre outras questões, ele me falava sobre o momento de se parar de escrever para estudar. Pois, escrever o que os outros já escreveram e de forma menos qualificada é andar para um caminho de desqualificação. Além disso, escrever sobre o mesmo assunto sem a profundidade que o novo texto supere o texto anterior também não contribui nem para a qualificação dos leitores já cativos, tampouco para a conquista de novos leitores. Qualitativamente ou quantitativamente nos dois polos há perdas a serem percebidas por quem escreve.
Meu blog até que é bem visitado. Sendo um blog com um nível baixíssimo de qualidade organizativa e de instrumentos que o possibilite ser mais visitado (seja pelas publicações, apelo à informação ou impulsionamento) ele ocupa um lugar que considero até destacado. Mas, vejamos.
Faz uns dias que não escrevo no blog. Não por falta de não ter o que falar, mas, de ter condições de falar algo que agregue em informação, interpretação ou nova abordagem sobre o tema tratado. O tempo também não tem me sido suficientemente bem aproveitado, por assim dizer, para as escritas da forma que me satisfaz. O escritor escreve para si. Para satisfazer-se. O que vem após isso de aplauso é somente consequência de pessoas que concordam com nossas leituras de mundo.
Percebo algumas interpretações sobre temáticas que vem aquela vontade de dizer: “¿por que não te callas?”. Mas, conforme o que aprendemos com os europeus, que orienta o pensar e propalar pelas terras tupiniquins muito forte ainda “posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser. Mas, defenderei até a morte o seu direito de dizê-las”, em Voltaire. Devo dizer que já não concordo muito com isso. E também discordo de quem concorda com isso. Porque há ditas que ultrapassam os limites da construção da justeza no mundo.
Assim, dei um tempo para estudar os temas que já “milito” e os temas que me são necessários para ser melhor para o mundo. Sugiro que alguns de nós façamos isso. Isso ajuda a termos melhores coerências. E não falo da coerência da redação tão somente. Fala da coerência histórica, indenitária e de uma epistemologia que ajude os nossos e as nossas. - Ah! Precisamos de saber quem são os nossos e as nossas. Também ajuda e termos mais coesão sobre os temas que tratamos. Novamente falo da coesão de gentes, corpos e temas. Para além da coesão gramatical.
A gente não pode perder tempo falando besteira. Baboseiras que atuem contra a gente e nosso povo. É preciso mergulhar em nossas histórias para que tenhamos mais histórias nossas em nossas escritas. Entremos na gente para sair gente como a gente da gente. Sigamos!
Jocivaldo dos Anjos 09/01/2020
P. S. Está foto é de Sara Maria, minha filha. Já tem lido e escrito também. E o que ela tem a ver com o texto? Tem a capacidade de quem consegue interpretar.
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