HORA DE TIRAR KEYNES DA GAVETA
Eu preferia uma alternativa ao capitalismo. Mas, me parece ainda não haver o espectro rondando o mundo e em especial o Brasil. Assim sendo, nos cabe propor a retomada do diálogo com Keynes.
Em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, John Maynard Keynes se notabilizou pela defesa da intervenção do Estado na Economia, medida que destoava das medidas liberais que defendem a “não intervenção”, - omissão pra um lado -do Estado na economia. A proposta do economista inglês contribuiu com o New Deal nos Estados Unidos de Roosevelt e na Europa ficou conhecida como o Walfare State (Estado de Bem Estar Social), que já havia vivenciado desde o final do século XIX na Alemanha de Bismark. Como o capitalismo se reedita, as alternativas a ele também. A ideia aqui não é fazer texto pesado, somente para a introdução do porquê Keynes agora.
Quando passar a crise do Corona Vírus teremos um mundo diferente. Economias, principalmente as emergentes e representadas por pequenas e microempresas estarão esfaceladas. Pequenos empresários fecharão as portas, o desemprego estrará estratosférico e somente o Estado poderá dar conta de apresentar alternativas. Não é uma alternativa o Estado. O Estado é a alternativa. Desta forma, urgente se faz já começarmos a tirar as estratégias que o mundo e o Brasil já experimentaram como alternativas as crises cíclicas do capitalismo. Mesmo na discordância de ser alternativas dentro dele mesmo. Mas, se trata de uma alteração no modelo. Dentre o que foi apresentado até então, um keynesianismo a Brasileira nos cabe. Dentre as alternativas a taxação das grandes fortunas, programas de distribuição de renda, estatização de empresas privatizadas, garantia de habitação, educação e alimentação, bem como a revisão do teto dos gastos. É imperativo. Ou é este o caminho ou o caminho será a barbárie.
Jocivaldo dos Anjos
23/03/2020.
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