POLÍTICA: UMA AULA DESDE A BAHIA
Política: uma aula desde a Bahia
Numa semana dois baianos indicados a presidentes da república. Numa pandemia uma relação entre polos opostos uma aula sobre como tratar a vida pública. Numa geração um legado de aprendizagens. Assim podemos dizer sobre os políticos Rui Costa e ACM Neto.
No dia 31 de julho de 2020 numa entrevista à rádio Sociedade de Feira de Santana, ninguém menos do que o maior líder da esquerda brasileira, referência mundial e tido como o melhor presidente da história do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva afirmou que Rui Costa, governador da Bahia, pode ser o nome indicado pelo Partido dos Trabalhadores a presidente da república, representando a legenda, no ano de 2022.
No dia 03 de agosto de 2020 no programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente da Câmara dos deputados, e assumido e operador do liberalismo econômico afirmou que ACM Neto, prefeito de Salvador, capital baiana, pelo DEM, pode ser indicado candidato a presidente da república também. O que tem em comum entre as duas indicações? A inovação em fazer política.
Rui e ACM Neto protagonizaram durante os últimos tempos uma disputa forte sobre quem mais trabalha. Em algum momento eles não se falavam em público e trocavam farpas. Os dois estão entre os melhores avaliados em suas representações federativas do país. Devido a uma série de ações que vai desde a muitas obras, mas também, está centrado na forma inovadora que eles têm de fazer política e no investimento em uso das redes digitais e aproximação a gestões gerencialistas e por resultado.
No campo da políticas eles conseguem criar um arco de partidos que orbitam ao redor dos seus partidos: PT e DEM.
Os dois vem de lugares diferentes na vida. Rui Costa vem do movimento sindical e de uma vida difícil quando novo é marcado pela pobreza. Oriundo de um bairro popular de Salvador, Liberdade e foi instado na macropolítica pelo apadrinhamento de Jaques Wagner, o responsável pela nova política baiana e humanização das relações federativas no Estado da Bahia. Prefeitos adversários passaram a ser respeitados a partir da eleição de JW a governador da Bahia. Um demiurgo.
ACM Neto vem da linhagem dos Magalhães. De família abastada e herdeiro de muita riqueza e patrimônios. Neto herdou o nome do avô, Cacique e coronelista da política baiana, que sucumbiu seu império na política justamente para o PT de Jaques Wagner. Neto foi preparado para a política.
Deixando um pouco de lado a história dos dois gestores , os dois têm protagonizado momentos de grandeza nas relações políticas. A partir da pandemia eles conseguiram superar as diferenças e construíram conjuntamente protocolos que pode ter salvado milhares de vidas no Estado da Bahia. Este colher na vida política baiana se trata de uma herança do modelo aplicado por Jaques Wagner, mas, a destreza de ACM e de Rui Costa merece destaque e reverência.
As ações que eles têm feito tanto no campo do trabalho ou nas relações políticas fazem com que eles sejam visibilizados como possíveis sucessores ao Palácio do Planalto. Algo que engrandece a Bahia e o Brasil. Algo que ensina, e muito a esta geração que as diferenças interpretativas da sociedade não precisam de promover a inimizade e perseguições. Não mais. Aliás, como diz a letra do hino “nunca mais, nunca mais o despotismo regerá, regerá nossa nação”. Estamos vivendo bem um bom momento na vida política. Algo que qualquer analista política que não cometa estelionato acadêmico destina o feito para Jaques Wagner e sua forma de tratamento com os diferentes e defesa intransigente da democracia e do respeito.
A Bahia avançou muito na política. Nos últimos tempos especialmente. Que, nestes tempos de dificuldades nas relações e no respeito às diferenças a boa terra inspire outros cantos do Brasil para apresentação de formas democráticas e civilizadas de fazer política. Sigamos!
Jocivaldo dos Anjos
04/08/2020
Comentários
Postar um comentário