Vida e morte são negócios

  



A politização da vida e da... e da morte


Um ser de outro planeta não inserido em nossas formas de vidas poderia, talvez, achar estranho que na terra a decisão de quem vive ou quem morre seja uma decisão política. Poderia indagar como pode num espaço eivado por matrizes religiosas e defensoras de um Deus que,  não somente promete a vida, mas, que nas religiões diversas é ele o próprio promotor da vida (seja pelo barro de Prometeu, pelas mãos de Olorum ou do Deus de Abraão, Isaac e Jacó...) É. Mas, na terra é assim. As decisões políticas e seus conselhos e concílios tem se reunido historicamente para planejar as mortes. Seja pelo fomento de guerras, pela perseguição de povos, pelo espalhamento de vírus e doenças, por esquecimento de raças e etnias e por outras tantas e  diversas formas de negação da vida. A morte é planejada na terra. É uma tecnologia política, econômica e eleitoral. . Da vida e do próprio Deus deturpado intencionalmente em sua interpretação do sagrado. Não tão sacro assim. 

O mundo de 2020 e 2021 enfrenta a sua pandemia em um século. O coronavírus parou as atividades em todo o canto. Deixou gentes em casa acometidas por doenças. Levou outras ao cemitério que não suportaram a doença. E outras as valas quando o cemitério transbordou. Eventos destes orienta mesmo que inconscientemente uma posição de força-tarefa para uma busca em diminuir as mortes, possibilitar vidas para quem fica e buscar a cura da doença. Seria. Mas, seria. Isso tudo faz parte do modo subjuntivo do verbo ser indicando ação possível. Aleatoriamente a gente o interpretando. Pois é. Não é assim.

A politização da vacina em grande parte do mundo e que o Brasil não se comporta como um Estado-nação é horrenda. Horripilante. Pois, mais de 200 mil pessoas mortas não tocam em nada nos sentidos dos dirigentes políticos do país. Do maior dirigente. Aliás, uma parte tem ganhado muito dinheiro por conta da doença. No capitalismo se ganha com tudo. A morte faz parte do tudo. 

A discussão acerca da vacina no Brasil não se trata de eficiência, eficácia ou efetividade da ciência produtora da vacina ou da estratégia da política pública. Ela tomou um aspecto de birra. De briga de adolescentes birrentos. De quem anuncia antes e de quem chega na frente. E, para completar, de um presidente que será futuramente comparado a um Calígula que nomeou um cavalo como ministro ou a um Nero que pôs fogo em Roma. Somente para citar a matriz que orienta o direito e a organização política brasileira (civil low) e a matriz religiosa do país, que a lei orienta ser laico. É doloroso. 

Não importa o tanto que se morreu e nem o tanto que poderá morrer. Aliás, tem uma equação que aponta o quanto o governo economizará no futuro com a morte destas pessoas, idosas em especial. Por deixar de pagar a previdência social. Parece absurdo. É absurdo. Mas, em 2021 no Brasil absurdos são aceitáveis. Aceitáveis por parte considerável da sociedade brasileira. Não aceito. Protesto e continuarei ao lado dos que defendem a vida. A vida de todEs. 

Sigamos!


Jocivaldo dos Anjos

13/01/2021


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