A solidão do ensinante
A solidão do ensinante
O ensinante é um ávido pela aprendizagem do aprendente. Orientado pelo compromisso de ensinar ele se prepara. Organiza o que dizer, estuda, diz e quer aferir. Gosta de ver o aprendente aprendendo. Tirando dúvidas e indubitavelmente com o aprendizado realizado. O ensinante é um sonhador. Tem no sonho maior o aprendizado do aprendente. Mas, ultimamente...
Ultimamente desejo coragem ao ensinante. Desejo resilir. Desejo residir na certeza do aprendente. Desejo coragem em frente ao ensinante. Aliás, desejo o aprendente em frente ao ensinante. Ultimamente o ensinante está se sentindo sozinho. Seus quase 300 aprendentes estão sem olhos que marejam de alegria, sem voz discordante ou concordante, estão até sem rosto. É. No remoto não se vê os aprendentes muitas vezes.
Muita coisa rodeia a vida do ensinante e do aprendente. Dentre estas o direito de imagem, o direito da câmara fechada, o direito de se quedar calado... o direito. Só não queda o direito do riso e do abraço. Mas, o ensinante é forte e não vai desistir.
Cuidar de todos os direitos num momento em que a vida é o maior direito não se trata de um direito que eleve os amores entre ensinante e aprendente. Não se trata de negocias direito para baixo. Mas, de amor para cima.
Ver os aprendentes inspiram aos ensinantes no preparo do amor em forma de conteúdo. Não saber que está do outro lado, até mesmo se tem aprendente do outro lado desestimula o ensinante a ensinar. Este silêncio é atordoante. E atordoado permanecem aflitos...
Abra a tela aprendente. Please! O maior aprendizado neste momento é o contato com recheio de cuidado. Há de ser maior sempre o cuidado. Mas, aprendente e ensinante, agora é essencial está troca de afeto. Quanto mais afeto mais a gente aguenta, suporta, supera e faz do ato de ensinar e do ato de aprender uns neologismo para parecer poesia a troca de afetos entre a constituição do encontro. Encontrem-se.
A tela é fria demais.
SigAmor!
Jocivaldo dos Anjos
24/03/2021
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