De homem para homens
De homem pra homens
Caiu uma através do martelo que deveria fazer a casa. Foi mais outra com a faca que fazia a comida. Mais outra com as mãos que acariciava... outra com a arma, que pra nada serve. O que há de intersecção nas armas usadas são ideias que sobrepõem as armas é a ideia do controle. O controle dos corpos delas. Está demais.
A ideia de deixar de amar ou não sentir-se atraída mais por nós não faz parte dos direitos de muitas mulheres mais. O privilégio do uso de corpos femininos, mais de um via de regra, se tornou num direito. Direto atestado pela horda machista que premia o macho que não suporta ser macho sem agredir a fêmea. Matamos.
O feminicídio se trata de uma das piores Chagas experimentadas em nossos tempos. Nos disseram em algum momento que os varões possuem a propriedade dos corpos das damas. E, desta forma, as coroas das damas vivem em nossos bolsos e sobrevivem em corpos amedrontados. Devemos ter coragem de dialogais sobre isso entre nós. As mulheres já fazem a sua parte. Mas, não é um problema das mulheres o feminicídio. O problema na voz ativa é do sujeito agente. Se somos nós homens que as matamos o problema é nosso. Não é jamais delas. Nem é dizer que também é nosso, porque assim se atribui uma parte para elas. Não é delas. Não pode ser dono do problema quem sofre com ele. Mas, por conta de um silêncio de alguma de nós, - a maioria é quase totalidade- que as matam simbolicamente e, pelo agir de outros de nós que matam objetivamente elas somente as tem como defesa. Logo, se constroem como podem para dividir a dor. Uma espécie de pensar que se a dor é de 80% dividindo para 10 cabe 8% para cada uma.
Devemos falar conosco. Informar e formar corajosamente. Pois, somente a sororidade não suporta o tamanho da nossa fraternidade. - Para ir na origem das palavras que as formam-.
Meus irmãos, não imaginemos somente que poderia ser com uma parentA nossa. Porque alguns de nós pode até não ter parentA. Mas, imaginemos como um direito sagrado ao corpo que todo mundo deve ter. No combate ao medo que as adoecem. E... e se fosse o contrário? O que acharíamos de formar parte de um público que não é dado o direito de só se demorar onde existe amor?
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