Lula, o pacificador

 



Lula, o pacificador


Fervilhavam nomes na esquerda. De governadores a ex-prefeitos o sonho de ser o nome do maior partido da América Latina, o PT, à candidatura à presidência da republica em 2022. As apostas iam migravam desde a representatividade e o “identitarismo” até a candidaturas mais “concorrentes” como nomes já testados nas urnas. Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e candidato na eleição passada se destacava. Mas, ainda era um jogo. Muitos outros corriam por fora. Inclusive aqui pela Bahia. E corria bem. Para além do PT, o PC do B também tinha nome. Flavio Dino, governador do Maranhão, estava muito bem cotado em ser ele o nome da esquerda para as eleições de 2022, ou a própria Manuela Dávila, Vice ca ndidata de Haddad em 2018. Guilherme Boulos, PSOL, que foi candidato à prefeitura de São Paulo e foi muito bem votado também se figurava. Isso tudo antes do dia 08 de março de 2021. Não. Não foi o dia da mulher e as esquerdas decidiram reconhecer a importância e a necessidade de ter uma companheira à presidência da república. Poderia ser. Seria legitimo e necessário. Mas, não foi. Foi o furacão. 

O centro também tinha nome. Muitos nomes. Desde o apresentador outsider, que aprendeu (ou pelo menos foi ensinado – pois, ensino e aprendizagem caminham juntos, mas, não se trata da mesma coisa) que “figurinha repetida, carimbada não somente completa o álbum, mas, vale pelo álbum todo”. O ex-ministro que foi fragorosamente desrespeitado e enxotado do governo do capitão maluquete, o outro ex-ministro que também era juiz que, ao arrepio da lei, lhe tirou das eleições, ao governador do Sul que desejava trazer o PSDB à disputa novamente, ao Ex-presidente da Câmara, que também se arvorava... à. Ah! Todo mundo queria.  Mas..., mas, ele chegou. E ponto. 

A direita e extrema direita surfava com seu capitão imbatível. Mesmo fazendo o pior governo da republica brasileira ainda ganhava de todos os candidatos. Apontava à frente de todo mundo. Ria das mortes, desrespeitava a tudo e a todos e já pensava em transferir para si mesmo a faixa presidencial. De tão vaidoso até se deu o direito de não possuir um partido e renegar a base partidária. Afrontar a imprensa e desrespeitar seus súditos mais próximos. Isso tudo até que... Até que teve até de voltar a usar máscara. Isso mesmo. Lula mudou a cena do país. Desembaralhou o jogo, possui o baralho e tem o direito da jogada.

Acenos do centro, da direita, do mercado... a disputa agora é pela candidatura à vice. Agora o jogo está quase jogado. A esquerda tende a se unir, o centrão se derrete e a direita está sem rumo certo de que linha tomar diante do furacão inesperado. Lula mudou a cena. Pacificou o jogo. Botou a bola no chão. Agora é escalar o time, pois a copa é logo ali. 


Jocivaldo dos Anjos

12/03/2021

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