Dores e ardores

Há dores e ardores Há dores e dores. Há dores que ardem. Estas dores que ardem são as que estraçalham por dentro. Que ardem enquanto doem. Que mesclam a ardor da pele e a dor nos ossos. Mas, doi na pele e nos ossos sem tocar. Sem uma posição de socos nos corpos as dores violentam os sentintes. Sentintes de dores assim não pensam como diria o Galeano. Somente sente. Estas parecem ser dores insuportáveis. Ou melhor. O corpo suporta. Mas, fica somente um calhamaço de corpo. Estas dores desintegram as pessoas. Vi um homem sentindo dor assim. Urrava de dor. Sabia o que provocava a dor, mas, não entendia porque dois e ardia. Mas, às vezes ardia mais e às vezes dois mais. Em duas cenas, na chegada e na saída da cena que provocou a fatídica dor se mesclaram a dor e o ardor. Estas dores são como os ciscos que caem nos olhos enquanto o graveto penetra. Não se trata de pouca dor. O líquido azedo desce sobre a pela e atua como pimenta na ferida. Que dor violenta! Estas dores que ardem são ininteligíveis. Destroçam. Por menos dores assim no mundo. Dores assim são dores que ... ah se não existisse. Jocivaldo dos Anjos 16/05/2021

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