Jaques Wagner

Jaques Wagner: Um demiurgo da renovação O culto as cinzas conseguem geralmente suplantar a transmissão do fogo. A partir da lógica de valorização da história tem-se colocado os mais jovens em condições de respeito à fila. Escuta-se sempre para ter calma que a vez chegará e que muita gente construiu este espaço e, portanto, os mais jovens necessitam de entendimento e calma. Wagner não nega isso. Não nega isso, mas, entende que a transmissão do fogo deve ocorrer ainda quando o fogo está em chamas. Deve ocorrer quando se pode aprender a manusear o fogo enquanto ainda as chamas estão altas e chamam a atenção e cobram responsabilidade. Não quando ele já está chegando ao seu final. Quando cultuando as cinzas. A explicação de tanta prevaricação para a passagem do bastão de forma acompanhada está ainda no entendimento do estrutural funcionalismo que orienta a relação som as pessoas mais jovens. Está no desacreditar nos sujeitos a partir das suas idades. Está no acreditar que o jovem terá mais tempo de vida e, portanto, terá tempo ainda de gozar destes espaços no futuro. No futuro quando não forem mais jovens. Está na desconfiança que os adultos tem da juventude. Está no medo da perda de espaço. Está onde não se brota novidades e sempre se prima pela valorização da permanência dos já testados. Dos de sempre. Dos vividos. Este entendimento é o que afasta a novidade da vida. Feliz de nós que temos Wagner. Sim. Nós da Bahia temos Jaques Wagner. Jaques Wagner apostou na novidade em 2014 quando era governador e enfrentou muita gente, enfrentou o partido, aliados e até o próprio presidente Lula quando apresentou Rui Costa como o seu candidato a governador da Bahia. Rui conservou um pequeno percentual até próximo das eleições e ele sempre dizia: “ganharemos a eleição” […]. Ganhamos no primeiro turno aquela eleição. Na eleição da disputa interna do Partido dos Trabalhadores, Wagner apostou na chapa mais jovem da história do PT da Bahia. Apresentou o seu então chefe de Gabinete, Éden Valadares, à presidência do partido. Apostou e elegeu diversos jovens para dirigir o partido que dirigia o quarto colégio eleitoral do Brasil. Não satisfeito, com o nome consolidado para ser o candidato do partido e do grupo para as eleições de 2022, Wagner disse não. E mais uma vez apostou na novidade. Jerônimo não havia disputado eleição nem para vereador. Wagner apostou e disse: “vamos ganhar a eleição”. Ao ser chamado de Bruxo ele disse que não. Que somente entende a política e cuida da política. Moral da história: derrotou o favorito ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Pois bem. Por Wagner ser o apostador no novo. Por ser o demiurgo da Juventude, e nem vou tratar do seu legado nas políticas de juventude na Bahia, ele hoje tem o que já de novidade na política baiana. Em secretarias, na direção do governo, em seu mando de senador, Wagner ostenta o que se tem de novo e promissor na política baiana. E há algo ainda mais bonito e Pedagógico nisso. Ele aposta, inclusive, naqueles que ainda não está formado e forjado na dimensão melhor do que se entende por condição de ocupação de espaços. Lógico que ainda falta um investimento mais visível em algumas categorias, por exemplo. Mas, do ponto de vista geracional, ele é o cara. Inspira quem entende sobre isso. Ensina que aprende sobre isso. Renova o mundo da política do PT baiano a partir disso. Wagner é o nosso fazedor de gentes, criador de sonhos, acreditador no amanhã a partir da vivência real do hoje. Inspiração! Sigamos! 05/01/2023

Comentários

  1. Que texto! Você nos apresenta Wagner de perspectivas mais próximas de nós. Obrigada!

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